Tuesday, February 27, 2007

Corta Mato Escolar em Azambuja


Cerca de 1200 jovens oriundos de mais de trinta escolas da Lezíria do Tejo, juntaram-se ontem (terça-feira) para participar num corta-mato escolar. A iniciativa contou com a organização conjunta entre a Coordenação Educativa da Lezíria do Tejo, Direcção Regional de Educação de Lisboa, Direcção Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e decorreu durante toda a manhã.
Até aqui, esta era uma prova que tinha como local certo as instalações do Centro Nacional de Exposições em Santarém, mas desta vez e dado a envolvênçia da escola secundária de Azambuja e da autarquia, a organização decidiu arriscar a mudança.
Inês Barroso, responsável pela coordenação educativa da Lezíria do Tejo, disse ao Vida Ribatejana que esta iniciativa, tem como principal objectivo a prática desportiva, destacando que o corta-mato está inserido no Plano Nacional de Desporto Escolar e que outro dos objectivos passara pela realização de uma prova “com a participação dos melhores alunos, nesta corta-mato” vincando as “excelentes condições encontradas na Quinta da Marquesa, para a modalidade.
Esta é alias uma iniciativa que já deu a conhecer bons atletas e futuros campeões de atletismo, nas suas várias modalidade, Inês Barroso diz que “já tivemos alguns atletas que vão ter depois resultados nacionais”. Nesta prova em concreto, serão apurados entre iniciados e juvenis, os três melhores classificados “quer individuais, ou equipas que irão representar a nossa coordenação educativa em Santa Maria da Feira nos dias 10 e 11 de Março” no corta-mato nacional, vincando que das provas de desporto escolar realizadas no Ribatejo, já saíram campeões nacionais.
Para José Manuel Franco, presidente do concelho educativo da escola anfitriã, esta é uma das “etapas do percurso que temos feito todos os anos. A escola secundária de Azambuja gosta de participar e empenha-se e dá também o seu contributo ao nível da comunidade local, e neste caso regional”. José Manuel Franco salienta que mais importante do que ganhar, é participar, mas mesmo assim espera que os atletas que representam a escola de Azambuja, façam um bom resultado, embora os resultados noutras actividades, se façam sentir de uma forma mais vincada.

Monday, February 26, 2007

Azambuja concessiona rede de água


A assembleia municipal que viabilizou o concurso público para a concessão da rede de águas a privados foi quase uma prova de resistência física aos deputados, executivo municipal, público e jornalistas. O desfecho do processo era previsível, dado a maioria absoluta na assembleia municipal, mas os velhos argumentos de outras sessões voltaram a ser questionados pela oposição. A reunião que acabou quase ás três da manhã viabilizou a concessão, por maioria e com os previsíveis votos contra do PSD e CDU.

O executivo socialista da Câmara Municipal de Azambuja, já tem luz verde para o lançamento do concurso público internacional, para a concessão da distribuição a privados.
Na passada quinta-feira, a assembleia municipal de Azambuja votou por maioria as pretensões do executivo liderado por Joaquim Ramos, isto depois de várias tentativas para aprovar o documento.
Recorde-se que desde Junho, altura em que teve inicio este processo, o documento foi três vezes à assembleia municipal, mas por conter erro processuais, acabou por nunca ser colocado à votação.
Na reunião de quinta-feira, realizada no salão da Casa do Povo de Aveiras de Cima, o documento acabou por ser aprovado, mas contou com o voto contra do PSD e da CDU.
Neste encontro que durou até perto das três da manhã, Joaquim Ramos voltou a argumentar, que esta era a única saída possível, dado que os custos de uma intervenção da rede pública de água, seria quase incomportável para o Municipio.
Mais uma vez, Joaquim Ramos diferenciou a concessão da privatização, argumentando, que a qualquer momento, a rede pública poderá retornar à autarquia.
Por outro lado, o presidente da Câmara, quis também sossegar os trabalhadores, uma vez que garantiu que ao contrário do que afirmam os sindicados, não está em marcha nenhum plano de despedimento, “porque isso também não é possível na função pública”.
Para o autarca, existem soluções já colocadas aos trabalhadores, que passam pela integração na futura empresa, ou noutros serviços da autarquia.
Mas estas são medidas que não agradam à maioria dos trabalhadores, que temem perder direitos já adquiridos, e que argumentam com um possível aumento da água para os consumidores, para estarem contra esta medida.
Aliás, os trabalhadores do sector da água, levaram mesmo a efeito um abaixo-assinado, onde manifestaram as razões pelas quais estão contra o negócio. O documento com cerca de 500 assinaturas, ao qual o Vida Ribatejana não teve acesso, foi entregue em plena reunião, ao presidente da assembleia municipal, António Pratas Cardoso.
Da oposição voltaram-se a ouvir os mesmos argumentos de sempre. Da CDU, João Couchinho reiterou que a concessão iria fazer disparar o preço final da água, argumentando que em ”todas as câmaras do País em que os serviços foram privatizados ou concessionados, houve aumentos brutais no preço da água para a população" puxando pelo exemplo da Câmara de Almada, que manteve a rede de águas no Municipio. Todavia, Joaquim Ramos considerou que esse não era um bom exemplo já que as tarifas da água em Almada, são superior àquelas serão praticadas em Azambuja.
Luis Leandro do PSD, considerou que este era um mau negócio. O deputado municipal salientou que a concessão, sem ter ideia de quanto a Câmara gastava por mês, em jardins ou fontes era como que “negócio da venda a pataco da água " criticando o caderno de encargos, que obriga a empresa que ganhar a fazer um estudo de viabilidade económica.
A proposta acabou de resto por ser aprovada quase ás três da manhã, mas com os votos contra do PSD e da CDU.