Saturday, May 26, 2007

Novas acessibilidades fundamentais para o aeroporto na Ota



Paulo Campos Secretário de estado obras públicas anunciou no passado sábado, que o concurso para novo aeroporto de Ota, deverá ser lançado no segundo semestre de 2007.A comunicação foi feita pelo governante durante um seminário promovido pela Câmara Municipal de Azambuja e pela caixa Agrícola local, onde a temática da estrutura foi debatida.

Perante uma sala com 400 seminaristas, Paulo Campos Sub. Secretário de Estadoobras públicas vincou a necessidade da construção das infra-estruturas de apoio ao aeroporto. O ex-governante que refere Ota como um dado adquirido, lembrou a importância destas serem edificadas com alguma antecedência, de modo a não condicionar a mobilidade para a sua construção.
O governante diz que a localização na Ota é um dado adquirido, e refere que o actual aeroporto da Portela “não tem as condições para ser competitivo”, salientando que no ranking da competitividade “o aeroporto da portela, puxa Lisboa para baixo e não o eleva”, sublinhando que a construção da estrutura na Ota “irá contribuir para o desenvolvimento do oeste”.
Paulo Campos assegurou que os aspectos ambientais serão salvaguardados, quer nos respeitantes ás aves, quer nas condicionantes do ordenamento do território.
No que toca à implantação em Ota, Campos apontou ainda como elemento decisivo, a procura dos concelhos limítrofes, para a edificação de empresas “sobretudo no factor logístico” vincando que muitas das empresas optaram por se deslocalizar para a região “reconhecendo o mérito nesse contexto desta localização”.
Aliás, Paulo Campos frisou por diversas vezes que o país não tem condições financeiras para suportar dois aeroportos, pelo que quando o aeroporto de Ota entrar em funcionamento, o espaço da Portela será desactivado, sendo os terrenos entregues ao estado, negando à semelhança de Guilhermino Rodrigues do NAER, que os terrenos serão vendidos para custear as obras do novo aeroporto.
Paulo Campos, refere que a infra-estrutura é uma oportunidade para “este região e para os concelhos vizinhos. É uma oportunidade em que vão aparecer vários desafios à capacidade empreendedora dos agentes locais” e deixou um recado lembrando que “vocês (autarcas) serão actores privilegiados nesta mudança que aqui vai acontecer”.
No que toca ás acessibilidades, o governante referiu estar a par dos esforços que têm sido feitos pelos autarcas locais. Campos aproveitou o momento para anunciar que os investimentos que estão a ser feitos nas acessibilidades, irão dar azo “a uma malha rodoviária excelente e de primeiro mundo, com alternativas diversas, porque um dos factores preocupantes da localização deste aeroporto, são as acessibilidades”.
O Secretario de estado, sustentou ainda que toda a malha rodoviária será articulada, por forma a criar boas acessibilidades à estrutura, lembrando os casos da recém A10 que liga Arruda dos Vinhos ao Carregado e da futura ponte que será inaugurada este Verão entre o Carregado e Benavente.
Guilhermino Rodrigues, do NAER (Novo Aeroporto) aponta também como fundamentais as novas acessibilidades àquela estrutura.
O responsável enumerou as vantagens para o novo aeroporto na Ota, e salientou entre outras, todas as estradas que irão desembocar na região.
Embora ainda não passe de um estudo e com várias alternativas, Rodrigues anunciou que está prevista uma ligação da RAVE (Rede de Alta Velocidade) ao novo aeroporto na Ota. Das ligações apresentadas aos cerca de 400 participantes no seminário, o responsável sublinhou o eixo a partir da Estação do Oriente em Lisboa e a sua ligação ao aeroporto, atravessando parte do norte do concelho de Vila Franca de Xira e retomando a caminho do porto numa via, quase paralela à actual linha do norte.
Por outro lado, também a linha do norte terá uma ligação à estrutura. O acesso ferroviário partirá de um nó, entretanto criado em Vila Nova da Rainha.
Até à conclusão das obras da nova estrutura, serão criados alguns acessos ao aeroporto. Guilhermino Rodrigues, diz que a empresa está a par do que se está a passar, e reforça que apenas o IC2, que liga o Carregado a Ota não terá portagem.
O novo aeroporto irá ocupar cerca 2000 hectares de terreno. A estrutura irá mobilizar cerca de 50 milhões de metros cúbicos de terras, e poderá aproveitar algumas estruturas existentes da actual base aeria, como é o caso dos actuais pavilhões, que serão reaproveitados como estaleiros, durante as obras de construção.
A nova estrutra terá duas pistas independentes com 3,600 m paralelas, e cem “posições para estacionamento” de aeronaves.
O aeroporto terá uma capacidade inicial de 25 milhões de passageiros por ano, todavia os responsáveis do NAER sublinham que a capacidade poderá subir para a 42 milhões em 2050.

Aeroporto será uma mais valia para a região

Augusto Mateus, responsável pelos estudos para a nova estrutura, sublinhou neste seminário a importância do aeroporto para a região. O ex-ministro de Guterres sublinhou que a estrutura será uma realidade e desvalorizou as opiniões que dão conta de um mau investimento. Para o ex-ministro “o que temos de fazer aqui, não é despesa pública. Temos de fazer investimento público, articulando com o investimento privado, minimizando o investimento público, dada a situação em que o país se encontra”.
Augusto Mateus, defendeu os “investimentos magros” com os dinheiros públicos, e referiu ter dúvidas “Com o que está a ser feito em matéria de TGV” argumentando não entender o que leva a fazer passar o TGV num viaduto por dentro de Lisboa. Por outro lado, o ex-governante diz que não percebe o porquê da RAVE passar a oito quilómetros do estuário do Tejo, defendendo “que o mesmo argumento que diz que não podemos fazer o aeroporto em Rio Frio, devia ser o mesmo que nos diz que não devemos estragar o estuário do Tejo” vincando que ainda “há muito para discutir, sobre despesa e investimento”.
Mateus considera por outro lado que “seria uma desgraça que o novo aeroporto fosse um projecto nacionalista. Apenas a oportunidade de negocio para algumas empresas” e salienta que este “tem de ser um projecto nacional e europeu”.
Na opinião de Augusto Mateus, a nova estrutura deve ser uma mais valia para “tornar Portugal mais internacional. Captar mais pessoas e criar riqueza”.
Para o coordenador do estudo, as oportunidades criadas pelo novo aeroporto, devem ser aproveitadas ao máximo “espero que a sociedade portuguesa não passe ao lado desta grande oportunidade e não faca despesa, onde deve fazer investimento e não perca tempo a discutir coisas que deve fazer e que faça aquilo que melhor serve o interesse dos portugueses”.
Entre outras estruturas de apoio, Augusto Mateus, defende a construção de várias unidades hoteleiras e restaurantes, que o coordenador do estudo diz serem necessárias à vida à volta do aeroporto.
Quanto à logística, Augusto Mateus defendeu que este sector está cada vez mais profissionalizado, destacando a importância para a região em torno do aeroporto. O ex-governante, argumentou que os casos de Vila Franca de Xira e Azambuja são bons exemplos do crescimento desta indústria, que considera importante para o novo projecto.

Gabinete de Apoio ás População

O NAER anunciou no passado sábado a criação de um gabinete de apoio ás populações locais.
O objectivo, diz Guilhermino Rodrigues, esclarecer todas as dúvidas, face à construção e implantação da estrutura.
Segundo o responsável, uma das preocupações do NAER, prende-se com a falta de informação prestada as munícipes das zonas limítrofes de Ota. Em alguns casos, as dúvidas estão relacionadas com possíveis expropriações das suas habitações ou terrenos.

Alenquer faz levantamento das explorações agricolas


A Câmara municipal de Alenquer quer saber o que produz cada exploração agrícola daquele município. Para isso o pelouro da agricultura estabeleceu um protocolo com a cooperativa agrícola local, que visa um levantamento exaustivo e actualizado de todas as explorações.
O vereador José Manuel Catarino, explicou ao Vida Ribatejana que o único levantamento existente “já está desactualizado” e é datado do ano 2001, alegando que “para construirmos o futuro, temos de saber o que há no presente”.
O vereador adianta também que o estudo que agora está a ser feito poderá aconselhar no futuro, qual a melhor produção e mais adequada a um determinado terreno.
José Manuel Catarino, quer ver tudo “preto no branco” porque diz que o anterior estudo estava incompleto “ e haviam muitas explorações que nem sequer apareciam. E de 2001 para 2007, houve muitas alterações na agricultura no concelho de Alenquer”.

Wednesday, May 23, 2007

Rancho Folclorico Ceifeiras e Campinos "50 anos de História"

O Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja, está a comemorar meio século de existência. O grupo tem à frente Miguel Ouro que com 30 anos de idade, decidiu imprimir um outro ritmo à colectividade.



Mesmo a completar cinquenta anos de existência, o Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja, está mais do que em forma.
Miguel Ouro, presidente da colectividade, assume que o “barco” não fácil de governar, mas acredita no esforço de toda a sua direcção e no empenho de todos os elementos que compõem o grupo.
O rancho está a passar uma boa fase. Desde há dois anos, o grupo já deu mostras de que está vivo, ao aparecer em inúmeras festas promovidas no norte a sul do país, e para além disso, segundo Miguel Ouro, naquela casa “respira-se cultura”.
Os primeiros passos na instituição foram no sentido de arrumar a casa, mas também de recuperar é de reordenar o grupo que há cinquenta anos representa Azambuja.
Em entrevista ao Vida Ribatejana, Miguel Ouro vinca que para além da boa saúde e das boas heranças deixadas por anteriores direcções, era necessário proceder a reajustes
O presidente do rancho sustenta que está em curso uma reestruturação “etnófloclórica” e que as mudanças já são visíveis no grupo.
Segundo Miguel Ouro, esta reestruturação que decorrem na grande parte dos grupos filiados na federação, tem como base aproximar o mais possível, os trajes dos elementos do grupo, daquilo que na realidade eram.
Os tempos mudam, e muitas das vezes, ao trajes também, e ao longo de muitos anos, os grupos foram perdendo algum “rigor” na forma de como vestiam os seus dançarinos.
Ouro explica que essa mudança é inevitável para a cultura dos grupos, e acrescenta no rancho de Azambuja “era tudo muito igual, mas não era representativa daquilo que era a Azambuja à época que nós representamos”. Há cem anos, diz o presidente do rancho, as roupas não eram exactamente como alguns ranchos apresentam “e tínhamos alguns erros no trajar do grupo. E o que nós fizemos foi contextualizar do que era a comunidade de Azambuja na altura”.
Para chegar ao mais elevado rigor ao nível dos trajes, os responsáveis do Rancho Folclórico de Azambuja, tiveram de pesquisar “em inúmeros livros e documentos que podem auxiliar, mas ao nível nacional”. No caso de Azambuja, Miguel Ouro salienta as fotos e os testemunhos de pessoas mais velhas “onde nos apoiamos”, e lembra que “assim foi fácil de perceber que há cem anos atrás, as raparigas não andavam de saias pelo joelho, mas pelo pés”, acrescentando ainda que muitos dos tecidos utilizados até aqui ainda não existiam na altura.
Nestas pesquisas, o Rancho também quis desmistificar a ideia da Ceifeira e Campino, como sendo as pessoas que só o eram por utilizar determinada roupa. Ouro explica que não eram ceifeiras “por utilizar um qualquer tipo de traje. Vestiam-se ao domingo de uma maneira, à segunda-feira de outra e fez-se um mito à volta da ceifeira, que era aquela mulher que usava a camisa branca e saia vermelha, mas podiam usar outro traje qualquer” e acrescenta que não existiam antigamente, dez mulheres ou campinos a vestirem-se de igual.
Miguel Ouro salienta que o Rancho tinha muitas coisas bem feitas. O responsável salienta que Sebastião Mateus Arenque “o grande mentor deste rancho, fez um grande trabalho de pesquisa ao nível das modas, que eram antigas, e aí não mexemos”.
O responsável diz que o trabalho não está terminado, e que “ainda há coisas por fazer”, mas assegura que os novos elementos que entrarem para o rancho, já terão um traje mais aproximado com a realidade de há cem anos.
Ao nível da dança também houve mexidas. O presidente do grupo salienta que muitas das modas eram tocadas de forma mais acelerada, mas também haviam instrumentos que não faziam parte do passado “o ritmo era exagerado. Ás vezes inclusive os mais novos tinham folgo para dançar certas modas”, vincando que por outro lado, incluíram as concertinas as harmónicas e as gaitas no contexto musical do rancho, assegurando que os acordeões, só apareceram na década de 50.
Miguel Ouro diz que a sua direcção está empenhada em “levar o barco para a frente” no que toca à reestruturação. O responsável salienta que o rancho não é só a dança “porque o folclore é o conjunto de usos e costumes, tradições, hábitos vivências, crenças, ditados e religiosidade. Dança é apenas uma das partes”.
Uma das metas, é demonstrar o verdadeiro significado do folclore, que não se esgota só na dança, diz Miguel Ouro. È importante “mostrar ás pessoas que isto é mais equilibrado”. Entre outros aspectos, importa, segundo o presidente, falar e demonstrar o que é o torricado “como se falava, o que as mulheres coziam… há uma série de coisas para demonstrar ás pessoas”.
O rancho de Azambuja está este ano particularmente mais activo. Para além dos vários eventos que promove, está também concentrado no futuro e para assegurar o futuro, Miguel Ouro foca a participação do rancho infantil, que em parte serve de viveiro ao rancho adulto.
O responsável salienta que o Rancho Folclórico “Rapazes da Grade e Raparigas da Monta” está num bom momento, e salienta que “tem uma nova ensaiadora que tem alguma experiência para trabalhar com crianças”. Os mais novos estão a ter um bom desempenho, tanto mais que quatro elementos já transitaram para o rancho adulto.
Todavia, Miguel Ouro acaba por ser um bom exemplo para os mais novos. o actual presidente do rancho só se alistou há 8 anos, contudo já tinha tido no passado uma efémera passagem pelo grupo.
A poesia, o fado e sobretudo a herança do pai, que já assumiu também funções de director naquela casa, “puxou-o” para a arte “embora seja tardio nestas andanças” assume e assegura que “quero que isto seja uma verdadeira representação das coisas como eram antigamente. E essa é a minha luta diária” embora assegure que a luta não fácil “porque estamos a mexer com mentalidades de pessoas mais velhas”.
Para o futuro, o Rancho vai lançar em breve um site na Internet, já remodelou e digitalizou o logótipo e ambiciona uma nova sede em breve.
A actual sede encerra um conjunto de memórias da vida das populações. Nas paredes são visíveis os vários troféus do grupo e algumas ferramentas para a lida do campo noutros tempos. Mas o que mais chama a atenção é uma cozinha antiga que parecem as cozinhas das nossas avós, e que é sempre o alvo preferencial dos que visitam a sede do rancho, no antigo matadouro municipal.
A autarquia, dona do espaço, já anunciou que em breve irá demolir o quarteirão onde se insere a colectividade, todavia, ainda não existem localizações alternativas.
“Não imagino quando teremos a nova sede, já falamos com o presidente da Câmara e apresentamos-lhe uma proposta” e acrescenta saber “que temos apoio da Câmara. a resposta é sempre sim, mas depois o concretizar é sempre tardio”.






A mostra das velharias

Desde há uns meses para cá que o Rancho de Azambuja em conjunto com a Câmara Municipal de Azambuja, está a levar a cabo uma venda/mostra de velharias.
O espaço não poderia ser melhor do que o novo jardim urbano de Azambuja.
Neste evento que decorre ao ar livre, pode encontrar-se de quase tudo. É por isso uma boa feira para coleccionadores.
José Amadeu, de 56 anos, veio de propósito de Almeirim, para ver a feira “está bem feita. Costumo ir a Lisboa. Já comprei um disco do Júlio Iglesias, não é muito antigo, mas ainda não o tinha”.
Também Joana Queiroz é da mesma opinião. Natural de Vila Franca de Xira, aproveitou o bom tempo para uma visita a um familiar que mora nas proximidades do jardim urbano de Azambuja.
Debaixo do braço, já tinha alguns livros e revistas antigas e um candeeiro para o meu hall “é que gosto de coisas rústicas e um candeeiro destes por 20 euros é uma pechincha”.
Nesta feita encontra-se de tudo. Livros, discos, CD, material para decoração e muitos outros objectos curiosos, como é o caso de um telefone do inicio dos anos 50, comprado por Joaquim Andrade por 30 euros “ e que vai ser uma prenda para o meu filho”.

O Torricado

Para não deixar cair a tradição. O Rancho de Azambuja promove anualmente a “Festa do Torricado”.
Trata-se de uma iniciativa de carácter gastronómico, que se realiza na poisada do campino. Ao longo de um fim-de-semana, as portas da poisada são abertas a todos que queiram degustar o prato, que anteriormente era dos pobres, mas tem-se assumido cada vez mais como uma iguaria para todos os estômagos e sem distinção de classes.
Perde-se no tempo a origem deste prato.
Habitualmente associado ao campo, o Torricado é um prato típico do Ribatejo.
Contam os mais velhos que o Torricado nasceu da necessidade de “matar” a fome aos trabalhadores do campo que ficavam muitos dias sem ir a casa. Por isso aproveitavam o pão duro, colocavam-no sob as brasas. Depois untavam-no com azeite e colocavam uma posta de bacalhau em cima.
Dizem os mais velhos, que antes apenas se usava bacalhau para confeccionar o torricado, mas os gostos refinaram-se e hoje em dia há quem o faça com febras de porco ou de vaca.

Tuesday, May 22, 2007

Mês da Tauromaquia



Desde o inicio de Maio, que a festa brava está em destaque em Azambuja. Como uma espécie de “estágio” para a Feira de Maio, o mês da cultura tauromáquica, com vários espectáculos, todos alusivos aos toiros e à festa brava.
O certame começou no passado dia 5 com a habitual Missa Flamenca, na igreja matriz de Azambuja. A cerimónia que contou com a Irmandade de Puebla Del Rio, encheu quase por completo a igreja, à semelhança de anos anteriores.
De tarde, foi inaugurada uma exposição na galeria Maria Cristina Correia, este ano dedicada ás tertúlias locais. Nas paredes da galeria, estão expostos vários objectos relacionados com a festa brava. Fotografias, cartazes antigos e fatos de alguns dos toureiros de outros tempos, fazem o pleno das memórias tauromáquicas da vila.
Integrada neste certame, foi organizada uma novilhada no dia 12, que contou entre outros, com a participação dos forcados amadores de Azambuja e que este ano completa quarenta anos de actividade. A esse propósito, o grupo recebeu na passada quinta-feira, dia da Ascensão, as novas jaquetas que de resto foram benzidas pelo cónego João Canilho.
Ainda inserida nestas festividades, decorreu a Festa de Campo na Herdade Porto Salazar, junto à vala real.
Esta foi uma oportunidade para os campinos, demonstrarem as suas habilidades na lide dos toiros, e contribuir assim para enriquecer a cultura tauromáquica no município.
O dia foi ainda de festa nas ruas da vila. Já que nelas desfilaram as colectividades locais, bem como os forcados e conjuntos de bois, com destino ao campo da feira de Azambuja.
No recinto foi recreada a bênção do gado, através de uma missa, conduzida pelo cónego João Canilho.
Todavia a quinta-feira da ascensão é também o dia do município. Este ano a autarquia quis distinguir o Padre António Cardoso de Aveiras de Cima, que entre outras obras por ele edificadas, se destaca a Casa Mãe do Pombal. Uma casa de recolha e abrigo de crianças em risco.
Também o Cónego João Canilho, prior de Azambuja, foi homenageado com a medalha de mérito municipal. Canilho tem a seu cargo o Centro Paroquial e Social de Azambuja, que presta um serviço muito importante à população, através da cresce e do centro de dia.
Neste mês da cultura tauromáquica, houve ainda tempo para debater a “importância das Escolas de Toureio”. Para tal foi promovido um debate, com a presença de vários especialistas, que decorreu no auditório do Pátio do Valverde.
O mês da cultura tauromáquica, só termina no próximo domingo, dia 27, altura em que se realizará a tradicional corrida de toiros da Feira de Maio.

Rancho de Azambuja promove a Concertina


São dez os alunos que aprendem semanalmente a tocar concertina no Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja. As idades dos alunos rondam os 60 anos, mas isso parece não ser um problema para quem tem muita vontade de aprender a tocar aquele instrumento tradicional.

A escola de concertinas, é uma das grandes apostas do Rancho Folclórico Ceifeiras e Campinos de Azambuja. Os responsáveis não querem perder o tradicional instrumento, e nesse sentido criaram um espaço, onde os mais novos, mas também os mais velhos se dedicam a aprender a tocar.
José Luis, é um dos exemplos de que não há idade para aprender. Todas as semanas, este mecânico reformado de 64 anos, desloca-se de Alcanhões para praticar junto com outros “aprendizes”.
Luis, diz que este era um sonho antigo, e que para além da música “mexe com muitos sentimentos”.
O antigo mecânico, assume que “já devia ter começado há muitos anos” contudo a vida só agora lhe deu essa oportunidade. O tempo que tem agora, depois de aposentado é uma mais valia para este projecto pessoal “e por isso não queria deixar escapar esta oportunidade”, e salienta que desde cedo sempre ouviu música, mesmo na oficina de que era proprietário, onde escutava música de cariz popular.
Embora longe, José Luis afirma que “vale a pena vir de Alcanhões a Azambuja” frisando que já passou por outras escolas, destacando o convívio “ e a realização pessoal ao nível musical, porque esta era uma das coisas que todos deviam aprender. A música”.
Noutra escola, José Luis aprendeu a ler a pauta “já sabia qualquer coisa, e aqui aprendi mais um pouco”.
Depois de quase um ano a aprender a concertina, José Luis afirma que o mais difícil é articular os movimentos para as notas certas. Este aprendiz destaca que o processo de aprendizagem é bom “mas os 65 anos já não perdoam”, embora afirme que não está nos seus planos deixar a escola de concertinas.
Vasco Simões, natural de Alverca é o professor destacado para ensinar a “rapaziada”.
O professor, vinca que os alunos são disciplinados “é tudo malta já com uma certa idade. Mas há aí um miúdo mais novo” sublinhando o facto de existir em todos os alunos muita força de vontade “por isso esforçam-se ao máximo”.
A concertina, não é dos instrumentos mais caros, contudo os custos podem partir dos seiscentos euros, até quantias muito mais elevadas, o que não parece demover os alunos, pois todos têm concertinas próprias, e é com elas que aprendem o dia-a-dia.
Miguel Ouro, presidente do rancho de Azambuja, considera esta, uma boa aposta da colectividade, embora salienta que deveria “ter sido a Câmara a agarrar esta oportunidade e formar novos músicos para os ranchos folclóricos” e vinca que este, não é um projecto dispendioso e formava novos músicos para os ranchos do município, destacando a recuperação dos tradicionais instrumentos na cultura do folclore.
A escola de acordeão, tem actualmente 10 alunos. O número já é significativo, mas Ouro vinca que poderiam ser mais. Só não o são porque o rancho não tem possibilidades financeiras para isso.
O presidente do Rancho teme que o projecto possa acabar, e explica que sozinha, a colectividade não consegue fazer mais “isto promovido por um rancho, não é a mesma coisa do que feito por uma Câmara, com outros apoios, mas pronto nós estamos cá” disse.

Monday, May 21, 2007

Futuro da segurança social debatida em Azambuja


As “Conversas do Vale do Tejo” juntaram dois peritos em segurança social para debater o futuro e a sustentabilidade do sistema. A iminência da falência do sistema como está e adopção de um novo modelo, marcaram as opiniões na Quinta de Vale Fornos em Azambuja

Ainda há muito a fazer para que a segurança social portuguesa não venha a fazer parte de um sistema falido.
Esta é a conclusão tirada das “Conversas do Vale do Tejo” um debate promovido pelo Núcleo Empresarial de Santarém (NERNSANT) que decorreu na Quinta de Vale Fornos em Azambuja. Para este debate, o Nersant convidou Fernando Ribeiro Mendes e Carlos Pereira da Silva.
A sessão que contou com a presença de cerca de meia centena de empresários de todo o distrito de Santarém e concelho de Azambuja, focou essencialmente o actual estado da segurança social e as reformas necessárias, para a sua continuação.
Sendo a sustentabilidade do sistema uma preocupação da sociedade, os oradores apontam como fundamental a cobrança de impostos e o respectivo pagamento da prestação da segurança social, quer por parte das empresas ou da parte dos particulares.
Fernando Mendes, sublinha que por seu lado ai da há um longo caminho a percorrer. O ex governante defende que o sistema deverá assentar num esquema de poupanças, semelhante ao implantado na Suécia, e que dará garantias que no futuro, os portugueses terão melhores pensões. Esta é aliás uma interrogação dos dois oradores. A população portuguesa está a envelhecer, e a actual população activa teme que quando chegar a sua idade de reforma, o sistema atenha “falido e já não haja pensões para ninguém”.
Segundo Fernando Mendes, ex secretário de estado de antonio Guterres, as medidas implantadas por este governo são positivas, mas não chegam. O ex governante salienta que as decisões tomadas pelo executivo governamental vêm na linha das necessidades do país, pois “travam a produção da despesa e isso é fundamental”. Todavia ainda há que “propor um modelo de protecção como aliás também me parece que vai ter de existir algo semelhante na saúde”.
O ex governante refere entretanto que também a área da saúde, deverá ser encarada da mesma maneira “neste governo chegou-se a falar de uma comissão sobre o financiamento da saúde” Fernando Mendes, vinca no entanto que o próprio José Sócrates “falou de um pilar de seguro ou qualquer coisa desse tipo para o Sistema Nacional de Saúde, mas recuou face a alguma reacção”, todavia alerta para o facto “dessa discussão que também vai ter de ser feita” sublinhando que deve ser encontrado, também aqui, um modelo que traga garantias para o futuro do serviço nacional de saúde.
Carlos Silva, que integrou a comissão do Livro Branco, diz temer sobretudo que o sistema da segurança social deixe de dar garantias aos contribuintes.
O responsável sublinha no entanto que, no seu entender, só se poderia resolver o problema da sustentabilidade “fechando o actual sistema e criando um novo, com uma lógica diferente” e explica “quem tivesse menos de 35 anos e os novos contribuintes entrariam para o novo sistema. Aquele com mais de 45 anos tentar-se-ia resolver o problema com a divida pública” sustentando a sua tese de que é preciso ter um sistema com base na poupança.
Carlos Silva defende ainda que o estado “não pode dar 73 por cento do salário a toda a gente” argumentando que “não há economia que aguente”.
Conhecedor do sistema, Carlos Silva, defende o modelo sueco, ou seja: empresa e trabalhador descontam para uma conta e quando chega a idade da reforma “o bolo é dividido e calcula-se aquilo que a que cada um tem direito como pensão”disse.

Álvaro Pedro refuta criticas de falta de ambição


Álvaro Pedro presidente da Câmara de Alenquer refutou a criticas da oposição na última assembleia municipal, sobre o facto de Alenquer não liderar a Associação Nacional de Municípios Produtores de Vinhos.
O autarca falou pela primeira vez sobre o assunto ao Vida Ribatejana, e rejeita as críticas que lhe foram feitas. Álvaro Pedro garante que não gostou de saber pela comunicação social da criação da associação dos municípios produtores de vinhos. O edil sublinha que na altura, houve falta de comunicação entre as autarquias “o meu colega do Cartaxo disse que houve essa falha… mas pronto as coisas remediaram-se e hoje já fazemos parte dessa associação”. Aliás essa adesão foi aprovada por “unanimidade na última reunião da assembleia municipal”.
Mas a oposição na Câmara e Assembleia Municipal, critica também o facto da edilidade “ter falta de ambição nos projectos que apresenta”. Um dos exemplos apontados é a denominação de “Vila Presépio” que tem vindo, segundo a oposição, a perder terreno para a vila de Óbidos.
Álvaro Pedro reconhece entretanto, que Óbidos tem feito um “bom trabalho” por exemplo com a “Cidade Natal”, algo muito semelhante à Vila Presépio. Contudo o autarca lembra que “não posso comparar a vila de Alenquer a Óbidos, temos de ser claros. Temos uma zona parecida, mas a comparação é impossível” e lembra que o concelho de Óbidos é mais pequeno que o município de Alenquer.
O autarca alenquerense, diz que são concelhos distintos e lembra que em Alenquer ainda há muito por fazer.
Álvaro Pedro salienta que è preciso pensar primeiro nas necessidades básicas dos munícipes, e vinca que faria muitas mais coisas “se tivesse dinheiro para fazer tudo”.
O autarca destaca que “não descanso enquanto não tiver esgotos em todo o lado, e tratados” assegurando que as parcerias com a empresa Águas do Oeste e Águas de Alenquer estão a correr conforme planeado.
Ainda assim, o edil reforça que para além dos sistemas de água e saneamento, existe ainda a preocupação com a acessibilidades, capitulo que ainda não está encerrado e uma prova disso, diz “é que para eu ir à freguesia de Vila Verde tenho de entrar no concelho do Cadaval”, e reforça como exemplo de preexistência do município, as obras do rio “que já vêm com vinte anos de atraso” disse.

LAMY EM LE MANS


Pedro Lamy, prepara-se para enfrentar as 24 horas de “Le Mans”.
O piloto nascido no concelho de Alenquer já fez “um brilharete” na segunda ronda do Le Mans Séries, que teve lugar no passado dia sete no circuito espanhol de Valência.
O piloto está “confiante” até mesmo porque vai levar um Peugeot 908 Hdi. Trata-se de um carro a diesel, mas que segundo Lamy, tem tantas hipóteses de venceer, quanto os outros, lembrando que a última edição foi ganhar pela Audi, que apresentou também carros a diesel. Em declarações ao Vida Ribatejana, o piloto referiu que tem expectativas altas, face a este desafio “que começou da melhor forma. Por isso acho que não podia ter sido melhor. Agora vamos para o grande desafio que é Le Mans, são 24 horas e não se sabe o que pode acontecer”.
Lamy assegurou ás perguntas do Vida Ribatejana, que está preparado “fisicamente. A preparação é a habitual e a mesma de sempre, vamos ter5 uma semana de preparação física em franca, mas isso não será problema”. O piloto tem receio apenas do “motor e da fiabilidade do carro. Porque fazer uma corrida de 6 horas é uma coisa, e outra é fazer uma prova de 24” acrescentando que “já fizemos uma simulação e não conseguimos terminar, ficamos pelas 18 horas”, garantindo que conhece bem o carro correspondeu aos testes. A prova decorre em franca em Le Mans, de 18 a 20 de Maio.

PRÉMIOINOVAÇÃO EM EMPRESA DO CARREGADO


O primeiro-ministro José Sócrates galardoou a empresa MCG (Manuel Conceição Graça) com o prémio excelência e inovação.
O prémio atribuído pelo ministério da economia e inovação, tem como objectivo distinguir as empresas que se destaquem no sector da inovação, contribuindo também para dar ânimo ás empresas portuguesas.

Situada na freguesia do Carregado, a M.C.G. Lda exporta mais de 50 por cento da sua produção no sector automóvel.
Desde há sessenta anos, altura em que Manuel Conceição Graça, iniciou o projecto, a firma tem vindo a granjear clientes. Nacionais e internacionais, na indústria automóvel.
No curriculum, a empresa conta com a fabricação de componentes para a Scânia, para a Opel, e até para a Ford.
Sócrates, enumerou esta, como uma empresa-modelo, e sublinhou o seu contributo para a economia nacional.
José Medeiros, director Geral da firma, lembrou que a contribuição da M.C.G. deu para o projecto dos todo-o-terreno UMM, acrescentando, que essa poderia ser uma mais valia para o futuro, nomeadamente destinada à exportação para os países africanos, ou para locais onde os veículos com essas características mais se adaptam.
Noutro sector, Medeiros destacou também a participação no projecto da Ford, nomeadamente com a elaboração do P100 “que arrancou no final da década de 80 e que foi um projecto ambicioso, para a nossa empresa que fazia as peças do exterior desse carro, o que fazia de nós uma empresa distinta de todas as outras a nível nacional”.
Segundo o responsável pela empresa, foi a partir do projecto do P100 que a M.C.G deu um passo a caminho do futuro, tendo consolidado a relação com a Ford “permitindo atingir a barreira dos cinco milhões de euros de facturação”.
No fim dos anos 90, a empresa passa a barreira dos 10 milhões de euros de facturação “atingindo o objectivo de ser o fornecedor de primeira linha da GM, num modelo de grande volume. O Opel Corsa 4300”, acrescentando que este foi dos passos mais significativos desta empresa “abrindo as portas para um mercado até então desconhecido, pelo que a empresa não voltaria a ser a mesma” vincando que as politicas públicas para o sector automóvel em Portugal.
No que toca ao futuro, José Medeiros, garantes que existem receios por parte da empresa. Todavia assegura que encara os desafios que se colocarão “com optimismo e com vontade de agarras todas as oportunidades que surgirem” sublinhando que a empresa tem o seu crescimento como objectivo, mas para isso, vinca “são precisos recursos humanos qualificados e estamos neste momento em fase de consolidação das traves mestras de um programa que pretende mais uma dezena de engenheiros”.
José Sócrates anunciou esta, como uma das empresas modelo do país.
O primeiro-ministro vincou a qualidade do produto final da empresa, sublinhando o esforço e o empenho na formação dos quadros da M.C.G..
Aliás José Sócrates destacou precisamente a importância da formação dos funcionários, lembrando que dos cerca de cinco milhões de trabalhadores, só 30 por cento possui o 12º ano “a formação é talvez a área mais importante para o governo português para o futuro Quadro de Referencia Estratégica Nacional (QREN).
O primeiro-ministro sublinhou também que a verba afecta ao Fundo Social Europeu que se destina ás áreas da formação e educação “aumentou de 26 para 27 por cento”.
Por outro lado Sócrates diz reconhecer o mérito da M.C.G. “mas também venho sublinhar, apoiar e incentivar a criação de uma cultura baseada no risco, no mérito da iniciativa e do empreendorismo”.
O primeiro-ministro aponta ainda esta empresa com um bom exemplo na economia nacional, destacando que faz parte do grupo dos que arriscam, vincando que o galardão do ministério da economia, se destina sobretudo ao clube “das empresas que não estão paradas ou preocupadas com a concorrência”, acrescentando que “o país deve conhecer estes exemplos e é por isso que aqui venho”.
Sócrates elogiou ainda o facto desta empresa, ter à frente as diferentes gerações do empresário. A direcção da M.C.G. tem passado de pais para filhos, e essa continuidade é positiva, segundo o primeiro-ministro, destacando que “fico agradado ao verificar que a evolução geracional se processou com inteira normalidade” vincando a ambição da nova geração que mais tarde ou mais cedo tomará conta da empresa.

OTA - UM MOMENTO DE OPORTUNIDADES


A Ota será um momento de oportunidades único. Os autarcas e entidades económicas dos concelhos de Alenquer, Azambuja, Vila Franca de Xira e Cartaxo não têm dúvidas e anunciaram entre outras questões, a criação de uma agência regional para o aeroporto, um observatório e novas acessibilidades.



O aeroporto na Ota, represente para os municípios limítrofes um “momento de oportunidades”. Esse foi aliás o tema de um debate promovido no passado sábado pela Rádio Ribatejo, e que contou com os presidentes das câmaras de Azambuja e Cartaxo, e o vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira. Nesta sessão interviram ainda o presidente da Caixa Agrícola local, e o porta-voz da Associação de Comercio e Industria (ACISMA).
Todos os intervenientes se demonstraram de acordo com o facto da nova estrutura, já ser um dado adquirido. Aliás Daniel Claro da ACISMA, salientou mesmo que o tempo agora é de mudança e as autarquias têm a responsabilidade de preparar o futuro.
O responsável salientou a preocupação da associação face ás zonas industriais do município, frisando a importância da logística no município e apontando para a necessidade de ter um olhar diferente para a futura zona industrial da Guarita, que na sua opinião deverá incluir “empresas que tragam valor acrescentado para o concelho e que rompam com a rotina da logística…”.
O responsável sublinhou que na sua opinião há escassez de informação em todo o processo de construção do aeroporto, e anunciou a criação de um observatório para a construção Ota, constituído por “um conjunto de jovens quadros deste concelho e que já se estão a organizar” no sentido de constituir um grupo de trabalho “que deve olhar para este aspecto da implantação do aeroporto e para os desafios em termos económicos e sociais com um olhar mais distanciado, que a actividade politica ás vezes não deixa ter”. Segundo o responsável pela associação, que não quis identificar os elementos do observatório, este grupo deverá produzir alguma documentação sobre Ota “o que nos parece uma mais valia em todo o processo”.
Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja, vincou por seu lado um dos objectivos da Câmara é manter a diversificação do tecido empresarial no município “ o que está perspectivado, ao contrário do que sai em órgãos de comunicação social, não é uma cidade aeroportuária. É uma cidade poli-nuclear que vai desde Vila Franca de Xira até Rio Maior”.
Ramos salienta que já tem elaborada a estratégia económica do município de Azambuja relativas ás diferentes áreas de produção económica “temos a noção que a agricultura é fundamental” e vinca que a autarquia está incluída num grupo de pressão constituído por algumas câmaras da margem sul e norte do Tejo “no sentido da industria do tomate não ser prejudicada pelas medidas europeias”.
Por outro lado, Ramos lembra que enquanto a Castanheira já tem prevista uma plataforma logística com 100 há, “Azambuja tem 270, dos 90 já estão construídos” salientando que a logística tem uma forte presença nesta região, chamando a atenção do desenvolvimento de áreas industriais, argumentando que os planos de pormenor industriais, devem ser um instrumento para diversificar o tecido produtivo.
Joaquim Ramos, anunciou ainda a criação de uma agência regional para o desenvolvimento. O anúncio foi de resto apresentado em primeira mão pelo autarca, que sublinhou não ter tido oportunidade de falar, quer com o presidente da Câmara do Cartaxo, quer com o Vice Presidente da Câmara de Vila Franca, sublinhando que na próxima semana iniciará algumas demarches no sentido de dar o primeiros passos para a criação dessa agencia regional, que terá nos seus quadros, entre outras entidades, as autarquias da região.
Todavia, todos os municípios limítrofes do aeroporto de Ota, estão agora incluídos num lobby, que tem como objectivo acentuar a construção do aeroporto.
Segundo Paulo Caldas, presidente da Câmara Municipal do Cartaxo diz que o grupo aparece no Cartaxo mas que “simboliza o esforço de toda a região e a empatia que tem na luta deste desígnio, que é regional”.
O autarca salienta que o aparecimento de vozes contra à construção na Ota “deixa-nos apreensivos, mas atentos de que as decisões politicas no país devem ser assumidas como tal” argumentando que há uma série de anos os municípios têm convivido com as medidas restritivas “e com os planos directores trancados”.
Alberto Mesquita, vice-presidente da Câmara Municipal de Vila Franca de Xira diz que a discussão já não deve ser feita à volta da localização, pois isso já está definido.
Em Castanheira do Ribatejo está prevista uma plataforma logística com cerca de 100 ha. A localização já foi pensada com o objectivo da Ota, e deverá estar concluída, segundo o vereador, a tempo do aeroporto.
Por outro lado, o vereador à semelhança do executivo da autarquia vila-franquense, destaca que a utilização do Rio Tejo para o escoamento de mercadorias, deverá um marco importante para escoar os produtos provenientes dessa plataforma.
Francisco Silva, presidente da Caixa de Crédito Agrícola de Azambuja, sublinhou a importância do aeroporto para a região. O responsável sustenta que a estrutura trará o desenvolvimento esperado há anos, e que o banco que representa está a altura dos desafios.
Para fazer face ao futuro, Francisco Silva, anunciou a criação de um “lobby” em conjunto com as caixas de Credito de Vila Franca de Xira, Cadaval, Cartaxo, Alenquer e Arruda “um lobby no bom sentido. Na medida em que hoje quando se discute a problemática do aeroporto da Ota, aparecem varias teses de lobbys que não conhecemos” e por isso, diz “queremos assumir claramente que desejamos o aeroporto para aqui, por isso gera grandes oportunidades que certamente iremos analisar e por isso a caixa está na primeira linha na defesa do aeroporto”.
O responsável anunciou ainda a construção de uma nova delegação em Aveiras de Cima, lembrando que a caixa, já possui cerca de 37 por cento do volume do comércio bancário do município de Azambuja.
Álvaro Pedro presidente da Câmara de Alenquer não esteve presente no debate devido a problemas de agenda. Todavia numa mensagem gravada e difundida na Radio Ribatejo, o edil sublinhou a importância do projecto para o seu concelho e anunciou algumas pequenas vitórias. Segundo o autarca, os municípios de Azambuja, Alenquer e Vila Franca de Xira, têm conversado com O NAER, no sentido de criarem caminhos e acessos alternativos, mas apenas para a construção da infra-estrutura.
O edil refere que as negociações estão bem encaminhadas, e sublinha que dessas reuniões irão nascer em breve algumas alternativas e variantes.
É o caso também de Azambuja, que há muito se bate pela variante de Aveiras de Cima e por uma variante à estrada nacional 3 entre Vila Nova da Rainha e Alenquer.
Ramos sublinha a importância destas negociações, e afirma que são cruciais todas as acessibilidades em Aveiras de Cima ao Cartaxo, ou ao IC2, a antiga nacional 1. O autarca explica que o IC2 será o “único acesso directo ao aeroporto não portagado”
O presidente da Câmara de Azambuja assegura que terá conseguido “que o IEP aceitasse este tipo de situações” referindo a importância de uma estratégia concertada entre todos os autarcas.