Wednesday, April 30, 2008

Sócrates: Combate aos recibos verdes anunciado em Vila Franca


José Sócrates apontou o combate aos falsos recibos verdes como a melhor forma de combater a precariedade no emprego em Portugal. O primeiro-ministro esteve este sábado em Vila Franca de Xira, onde apresentou algumas das propostas a incluir na reforma da lei laboral em Portugal.

O primeiro-ministro, José Sócrates, defendeu em sábado em Vila Franca de Xira que combate aos falsos recibos verdes, será uma das prioridades no novo código laboral que deverá estar em vigor dentro de um mês.
O primeiro-ministro, falava assim num encontro com militantes socialistas no Lezíria Parque Hotel, promovido pela FAUL e pela concelhia de Vila Franca, onde a reforma do pacote laboral foi o mote para a discussão.
José Sócrates salientou que no novo código de trabalho, as empresas que empreguem trabalhadores a recibo verde, terão de pagar cerca de 5 por cento por trabalhador “é a primeira vez que se faz isto” disse José Sócrates, defendendo que a situação actual não é justa para os jovens “que ganham perto de seiscentos euros, e descontam cerca de 32 por cento”, acreditando que assim"pela primeira vez os empresários têm um incentivo" para substituir os recibos verdes por um contrato, e lembra que "metade ou mais de metade dos desempregados são pessoas que estavam com contratos a prazo. É por isso justo que as empresas que mais utilizam os contratos a prazo sejam as que pagam mais".
O secretário-geral dos socialistas, diz-se indiferente ás criticas sobre estas medidas “uns dizem que é pouco, outros dizem que é muito. Cinco por cento é aquilo que nós achamos razoável e justo".
Sócrates justificou ainda as medidas que prevêem a diminuição em um ponto percentual da Taxa Social Única a cobrar às empresas por cada trabalhador efectivo e o aumento de três por cento por cada trabalhador a termo.
Para José Sócrates, o incentivo económico é a melhor forma de se alterar as situações, e por isso argumenta que com estas medidas “a empresa vai pensar duas vezes" antes de contratar um trabalhador a recibo verde, salientando que o Governo estará disponível para negociar a proposta com os parceiros sociais.
Na nova reforma laboral, o governo decidiu também que os trabalhadores independentes vão pagar a mesma taxa contributiva, de 24,6 %, passando assim a ter direito à protecção social alargada, o que inclui a protecção na doença, ao invés do que acontece hoje.
O primeiro-ministro criticou ainda os partidos de esquerda, nomeadamente o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista, acusando-os de sectarismo “falam da precariedade. O PS apresenta medidas contra a precariedade, medidas que nunca foram apresentadas, e ainda assim acham que devem continuar a atacar o Governo e o Partido Socialista. A isso chama-se sectarismo e puro facciosismo e vontade de atacar o PS e o seu Governo”.
Coube de resto a Vieira da Silva ministro do Trabalho e da Solidariedade Social, uma alusão aos pontos fortes desta reforma. Ante de Sócrates, Vieira da Silva, salientou que a a partir da entrada em vigor do novo pacote laboral o combate ao uso ilegal e abusivo dos recibos verdes será feito através das mudanças legislativas, da fiscalização.
Numa breve declaração na abertura, Maria da Luz Rosinha, presidente da autarquia vila-franquense salientou a importância da reforma laboral, e que as propostas trazidas a lume pelo PS “serão seguramente participadas e terão o contributo de todos os agentes, com vista a um acordo em sede de concertação social”.
Maria da Luz Rosinha, destacou também a importância do diagnostico das relações laborais em Portugal, tais como a “elevada precariedade do emprego, a necessidade de uma maior auto-regulação, a necessidade de uma maior qualidade do emprego e a necessidade de uma maior protecção social” o que só é possível, segundo a autarca “através de novas politicas de emprego, segurança social e formação”disse, reforçando que as propostas ao nível do sistema de protecção social “que permitem uma maior compatibilização da vida familiar com a vida profissional” referiu.

Vale do Paraíso ganha pavilhão em terrenos de Azambuja


Porco assado, música e clima de festa popular, marcaram a inauguração do novo polidesportivo de Vale do Paraíso no concelho de Azambuja. A obra que custou perto de seiscentos mil euros, foi inaugurada no dia da liberdade, sob o olhar atento dos populares que agora têm um pavilhão novinho em folha mas em terrenos da freguesia de Azambuja.


Vale do Paraíso tem desde o dia 25 de Abril um moderno pavilhão polidesportivo. A obra já terminada há algum tempo, surgiu da necessidade de dotar aquele ponto do concelho de Azambuja, com aquele tipo de equipamentos.
A nova estrutura que vai servir as freguesias de Vale do Paraíso e Aveiras de Baixo, foi integralmente construída através da EMIA (Empresa Municipal de Infra-Estruturas de Azambuja) e teve um custo aproximado de seiscentos mil euros.
O nono equipamento que há muito era ansiado pela população, possui boas condições para praticantes e também espectadores. O campo de jogos está preparado para várias modalidades, desde o futsal, passando pelo andebol ou pelo basket.
Balneários, bancadas e uma zona de bar completam a estrutura.
Joaquim Ramos, presidente da câmara de Azambuja, salientou também a importância do equipamento, e lembrou que a nova estrutura fica, curiosamente, edificada numa parcela de terreno pertencente à freguesia de Azambuja.
Segundo o autarca um erro na divisão de freguesias, ditou a que o terreno “embora quase no centro urbano de vale do paraíso, pertence inexplicavelmente à freguesia de Azambuja”.
Um erro que segundo o autarca, está a ser corrigido “por iniciativa do presidente da junta de Vale do Paraíso, já se iniciaram as negociações e os estudos com a junta de freguesia de Azambuja”, pelo que segundo as expectativas de Joaquim Ramos “a muito curo prazo esta situação, de devolver a Vale do Paraíso aquilo que é os seus limites urbanos, estejam definitivamente resolvidos”.
Para António Marques Batista presidente da junta de freguesia de Vale do Paraíso, esta é uma obra importante para a freguesia. O presidente da junta elegeu a nova estrutura como um meio para o fomento desportivo e cultural da freguesa, sendo que no novo pavilhão “a prioridade será a formação”, sendo o ADR (Associação Desporto e Recreio) quem mais irá utilizar aquele espaço “através do futsal e da ginástica”, que são as duas modalidades com maior numero de praticantes na freguesia.
Numa segunda fase, o presidente da junta salienta que está a ser pensada a construção de um anfiteatro ao lado do pavilhão. A secção de musica da colectividade está a crescer, e por isso António Marques, defende a construção de uma nova estrutura num terreno em anexo com cerca de 800 metros quadrados, mas ainda sem data para as obras avançarem.

Monday, April 28, 2008

Falta de coordenação gera dúvidas


A morte de um homem no passado dia 4 de Abril está a gerar polémica entre os bombeiros de Azambuja e o INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica).
Segundo Pedro Cardoso, comandante dos voluntários de Azambuja, o alegado atraso no accionamento de meios por parte do CODU (Centro de Orientação de Doentes Urgentes) e a falta de coordenação do sistema de emergência por parte da entidade responsável, está na origem do descontentamento de alguns populares.
De acordo com uma fonte, no dia 4 de Abril, um homem residente no Carregado, sentiu-se indisposto com uma forte dor no peito em frente à empresa Avipronto enquanto esperava pela esposa que ali trabalha.
O homem, acompanhado por um filho menor, começou a queixar-se de dores agudas no peito, e foi um popular que ligou para o 112 a pedir auxilio.
Entretanto, o operador do 112 deu algumas instruções de reanimação a um popular, enquanto accionava a VMER (Viatura Médica de Emergência) de Vila Franca de Xira e os próprios bombeiros.
Contudo os meios tardavam a chegar, o que levou a que um popular se dirigisse pessoalmente ao quartel, que ficava a cerca de dois quilómetros do local. Pedro Cardoso, disse ao Vida Ribatejana que a chamada do CODU para a central dos voluntários, aconteceu quase em simultâneo com a chagada do popular, que se mostrava “irritado e com razão, com a situação e a dizer que já ligamos há meia hora e vocês não aparecem?”. Cardoso garante no entanto que os bombeiros não tinham sido avisados pelo CODU e que o popular lhe tinha transmitido que o pedido de socorro para o 112 já tinha acontecido há perto de meia hora atrás.
Cardoso que lamenta a situação, diz também que este não é caso único nas relações entre o CODU e os bombeiros e vinca que neste caso “quando chegamos já não havia nada a fazer, e quanto a VMER chegou também não”, não sabendo explicar se neste caso o desfecho poderia ser diferente.
O operacional diz não perceber o que se passou entre a altura em que se ligou para o 112 e a chagada da chamada à central dos bombeiros. Cardoso diz que o INEM tem de explicar a situação “que se tem vindo a agravar” e diz que nesse mesmo dia houve uma situação semelhante “mas com consequências menos gravosas”.
O caso passou-se na manhã de sexta-feira dia 4, “uma senhora que se sentiu mal, veio aqui um popular chamar os bombeiros, e nós ainda não tínhamos recebido a chamada do CODU”.
Há, segundo Pedro Cardoso, situações mal explicadas. Uma delas está relacionada com uma emergência dentro da vila de Azambuja há perto de um mês, em que a VMER chegou ao quase ao mesmo tempo que os bombeiros, cujo quartel fica a poucos metros do local. Neste caso Cardoso diz não querer acreditar que exista um atraso deliberado nas comunicações para os bombeiros, a fim de minimizar o tempo de espera pelos meios do INEM.
O operacional vinca e enaltece o trabalho dos profissionais de saúde do INEM, mas lembra que o sistema que está implantado não funciona, defendendo para isso, um outro que integre todas as forças de protecção civil de forma articulada e mais harmoniosa.
Via telefone, Pedro Coelho dos Santos, responsável pelas relações publicas do INEM, refutou as criticas dos bombeiros de Azambuja salientando a prontidão dos profissionais de saúde. Contudo o responsável do INEM prometeu fazer chegar ao Vida Ribatejana esclarecimentos mais aprofundados, via email, mas até ao fecho desta edição tal não aconteceu.

Nova Imagem Para Azambuja


Azambuja está a preparar uma campanha para atrair investimento privado. Nesse sentido a autarquia encomendou um estudo para criar uma nova imagem para o município, mais atractiva e mais dinâmica.
A campanha que foi entregue a uma empresa privada – Refresh- custou perto de 18 mil euros, e engloba novo material promocional, entre os quais várias acções de marketing e publicidade a nível nacional, numa primeira fase.
Segundo Joaquim Ramos, esta é uma acção que “se justifica dado, por um lado o facto de termos ma zona industrial relativamente significativa, e com algumas potencialidades. Por outro a deslocalização do aeroporto de Ota para Alcochete, ainda vem mais realçar de fazer uma campanha deste género”.
A primeira fase do projecto já está feita e engloba algumas frases que irão servir de mote ás campanhas, nos mais variados sectores económicos do município. Frases como “Na Azambuja a Gastronomia é como a natureza “ ou Na Azambuja o turismo é como a natureza” fazem parte um vasto leque de slogans a serem utilizados nesta campanha.
Contudo esta fase contempla também a alteração do logótipo do município. Joaquim Ramos explica que o brasão do município vão manter-se, contudo a câmara prepara-se para alterar o actual logótipo “que são as duas ondas que figuram, por exemplo, nos autocarros da câmara, ou em alguns documentos”.
O novo logótipo, criado pela Refresh simboliza as duas letras que marcam Azambuja. O “A” e o “Z”.
Todavia o novo “logo” passa também a simbolizar os mouchões existentes no Tejo e o próprio rio, que em tempos fez parte do dia-a-dia de muitos azambujenses.
Com esta campanha, o município ganha também uma mascote. Os responsáveis da empresa decidiram-se pela Garça “que é uma ave típica do ribatejo, não especificamente de Azambuja” e vai servir para ser utilizada em todos os materiais “nomeadamente pedagógicos” referiu Lucília Guerreiro, responsável pela campanha, que anunciou também a criação de sitio na Internet que vai estar online em breve.
Ainda este ano, a acção prevê encontros com a imprensa e com alguns empresários, bem como as câmaras de comércio e industria “Lusoespanhola, Lusobritanica” entre outras.
A nova imagem vai aparecer já durante a Feira de Maio, no fim do mês que vêm, com uma série de iniciativas, bem como o aparecimento de outdoors em vários pontos do concelho de Azambuja e fora.