Sunday, January 07, 2007

Alcoentre "ganha" Habitação Social


O processo já se arrasta pelo menos há quatro anos, mas a Câmara Municipal de Azambuja acredita que o actual secretario de estado da Justiça Conde Rodrigues está a fazer tudo para que finalmente as casas dos antigos funcionário do EPL passem para as mãos da Câmara que as quer transformar em habitação social.

Pode estar para breve a entrega à Câmara Municipal de Azambuja das antigas casas dos guardas prisionais de Alcoentre. De acordo com Luís de Sousa vice-presidente da autarquia, já existe um “pré-entendimento” com o ministério da justiça, de reverter essas casas para habitação social.
O vice-presidente, confirmou ao Vida Ribatejana que já existiram contactos com o secretário de estado da justiça, Conte Rodrigues e que faltam apenas ultimar alguns pormenores, para que dezasseis antigas moradias, sejam propriedade da câmara.
Em breve, e depois de formalizada a cedência, irão servir para albergar algumas famílias, entretanto já sinalizadas, como sendo carentes ao nível habitacional.
Luis de Sousa sublinha entretanto, que pese embora o facto dessas casas se encontrarem na freguesia de Alcoentre, irão estar disponíveis, inclusive para carenciados oriundos de qualquer ponto do município azambujense.
A autarquia, mais propriamente, o sector social, tem feito regularmente levantamentos sobre as famílias carenciadas, e embora o Vida Ribatejana não tenha tido acesso aos números, sabe que desde a construção dos bairros sociais de Vale do Paraíso e Azambuja, afectos ao PER (Plano Especial de Realojamento) têm vindo aumentar. Não tanto pelos emigrantes que chegaram ao concelho de Azambuja, mas por situações de carência que surgiram já depois dos primeiros realojamentos em Azambuja.
De acordo com Luis de Sousa a maioria das habitações, que ficam situadas no centro urbano de Alcoentre, estão a necessitar de obras, que só podem ser feitas depois de recebidas pela autarquia.
Ao todo são dezasseis habitações, que passarão, para as mãos e gestão da Câmara, mal o estado dê luz verde. Ao que o Vida Ribatejana apurou, faltam apenas alguns pormenores burocráticos para que a cedência aconteça. Até lá a edilidade vai continuar a ver aumentar o número de pessoas carenciadas de habitação.
Luis de Sousa confirmou no entanto, que existem mais casas que poderão alargar o PER em Alcoentre.
Para além das moradias no núcleo urbano da vila, o Ministério da Justiça é também proprietário de alguns apartamentos, junto ao Estabelecimento Prisional de Vale de Judeus. Essas casas estão vagas, na sua maioria, todavia não fazem parte para já dos planos da autarquia.
Luís de Sousa explicou que na maioria das situações detectadas em Alcoentre “as famílias não estão habituadas a viver naquele tipo de apartamentos” vincando que essa é uma opção pela qualidade de vida das famílias.
Contudo e embora não exista qualquer formalização na entrega das habitações, já existe uma família a habitar uma das casas.
Tratou-se de um caso especial, em que uma família de Alcoentre, viu a sua casa arder, há três anos, e dado que a câmara não tinha outra solução, contractualizou com o ministério da justiça a utilização de uma das casas de forma provisória.
Embora não exista qualquer data em cima da mesa para que esta cedência se formalize, Luis de Sousa, acredita que é para breve, pois “o senhor secretário de estado é nosso vizinho e conhece a situação do concelho de Azambuja” disse.

Estabelecimento Prisional de Alcoentre será ampliado

Nessa mesma reunião, Conde Rodrigues terá anunciado aos autarcas, a ampliação do Estabelecimento Prisional de Alcoentre.
Joaquim Ramos, presidente da edilidade azambujense, confirmou ao Vida Ribatejana, esse anúncio e declarou, que tal obra é bem vista pela câmara.
A ampliação do espaço será feita, tendo como base as verbas resultantes da venda do Estabelecimento Prisional de Lisboa. Contudo Joaquim Ramos tem-se mostrado critico, relativo ao facto dos últimos PIDDAC beneficiarem grandemente os estabelecimentos prisionais de Alcoentre e Vale Judeus em detrimento de outros investimentos aspirados pela autarquia.
O edil considera este investimento positivo “pois resulta de uma transacção imobiliária, que consiste na venda de um empreendimento em Lisboa e no investimento em Azambuja. Portanto é bom para Azambuja” disse.

Origens

O Estabelecimento Prisional de Alcoentre foi inaugurado a 18 de Janeiro de 1944. O objectivo era constituir uma colónia agrícola destinada a reclusos em cumprimento de pena de prisão maior, em regime de trabalho agrícola.
As instalações daquela que outrora se chamou de Colónia Penal de Alcoentre, ficam distribuídas por uma área de 650 hectares, que incluem, não só as instalações prisionais, mas também o bairro de funcionários, oficinas e, na sua maior parte, as instalações agro-pecuárias.
Actualmente, as instalações prisionais são constituídas por três zonas distintas: O Bloco Central, que integra três alas prisionais, área oficinal, cozinha, enfermaria, escola, ginásio, biblioteca, sector de segurança e instalações para o pessoal, sendo que todas estas instalações, à excepção de uma ala, que já possuía blocos sanitários, foram criadas ou remodeladas totalmente a partir de 1996 ;Dadas as características do estabelecimento foi instalado em Julho de 1993 pelo Centro Protocolar de Justiça um Centro de Formação Profissional essencialmente vocacionado para as áreas de agro-pecuária.A população prisional é essencialmente constituída por reclusos condenados em cumprimento de penas de prisão superiores a três anos, maioritariamente oriunda da área da Grande Lisboa.

Balanço quase positivo no PER - Azambuja


Quase dez anos depois do primeiro PER no concelho de Azambuja, os moradores e autarcas fazem contas à vida. Se para a autarquia e para a generalidade dos moradores o processo foi bem conseguido, para uma minoria, as coisas não são bem assim


No fim da década de 80 quando se começou a gizar o PER de Azambuja, muitos estavam longe de saber se os resultados que daí advinham eram positivos.
Na altura o PER de Azambuja foi um dos primeiros a ser implantado no país. Em consequência disso, foram perpetrados alguns erros que agora não seriam cometidos.
Era João Benavente presidente da Câmara Municipal de Azambuja, e tudo parecia correr bem. Os levantamentos dos agregados familiares e rendimentos foram feitos, e começou-se a perspectivar uma nova solução para as setenta famílias que moravam no bairro da liberdade, ou se preferir Bairro do Alto da Torre, como era conhecido pelos populares.
Nem sempre sinónimo de coisas boas, o Bairro do Alto da Torre, começou a tomar forma muito antes do 25 de Abril de 1974. Foi contudo nesse ano, que assistiu a um “explosão” demográfica, que o viria a colocar na rota dos Planos Especiais de Realojamento”, já no fim dos anos oitenta, início dos anos 90.
Nessa altura e aproveitando as verbas colocadas à disposição do país pela União Europeia, a autarquia decidiu então em conjunto com a secretaria de estado da habitação, levar a bom porto a construção de um novo bairro social e o desmantelamento do Alto da Torre, que por essa altura já era conhecido como um bairro de lata degradante, onde se refugiavam toxicodependentes e famílias de poucos recursos a viver em casas de uma divisão, e onde o agregado familiar se multiplicava.
Luis de Sousa à época vereador com o pelouro da habitação, lembra que os levantamentos foram pacíficos. As equipas da Câmara traçaram o perfil de cada família, e projectaram no futuro o seu crescimento.
Foram identificadas sessenta e sete famílias, que viviam no Alto da Torre, entre a rua dos Campinos e a estrada de acesso aos casais do farol.
Daí, segundo o vereador, foi um passo para começarem os problemas. Luis de Sousa recorda, que a maioria das pessoas apresentava alguma resistência à mudança, mas pouco a pouco, foram cedendo e aceitando as novas casas.
Ao todo a Câmara construiu setenta e cinco habitações, naquele que mais tarde viria a ser conhecido como Bairro Social da quinta da Mina, e que ainda hoje, devido a erros do passado, é fruto de desacatos e instabilidade entre alguns moradores.
Um dos motivos para s “turbulência” prende-se com o facto de entregar apartamentos, a pessoas que sempre viveram paredes-meias com a terra, com as suas coisas e que ali não o podem fazer e sentem-se deslocados. Se fosse hoje, Luís de Sousa, garante que não o faria, entregaria casas térreas a uns e a outros os apartamentos.
Mas naquela altura e à luz da falta de experiência no que toca aos PER, a situação foi diferente. Levantou resistência entre os populares, que embora reconhecessem a ilegalidade das suas construções, reclamavam o direito a permanecer nelas, já que muitas das casas eram em alvenaria, e um pequena parte em madeira ou zinco.
Houve mesmo gente que em todo este processo, tivesse instaurado processos contra a Câmara, mas que mais tarde os veio a perder em tribunal. Contudo um desses moradores ainda resiste. A sua casa fica virada para a rua D. Sancho I, e durante muito tempo manteve na fachada um cartaz que dizia “esta é a barraca que o Benavente quer deitar a baixo”. O Vida Ribatejana, tentou chegar à fala com o proprietário, mas não conseguiu em tempo útil. Contudo conseguimos saber que o processo de legalização do terreno ainda continua, e que por enquanto ainda habita aquela moradia.
Outros não conseguiram tal proeza. Os terrenos que ocupavam pertenciam grande parte a um particular que até hoje, segundo sabemos, nunca reclamou os terrenos. Outros, e porque tinham as suas casas nos terrenos da EPAL (Empresas publica de Aguas de Lisboa) foram obrigados a retirar, e embora contrariados deixaram que lhes deitassem abaixo as casas, sob o olhar atento, mas pacifico da GNR.
A entrega das novas casas deu-se então em 1997, era Leonor Coutinho Secretaria de Estado da Habitação. Na altura, não houve tempo para lamentos, mas a maioria dos moradores partiu para a casa nova, com esperança numa vida nova.






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Inquilinos não conseguem pagar rendas


A grande parte dos moradores do bairro social da Quinta da Mina em Azambuja, queixa-se da vizinhança. Mas sobretudo queixa-se que em parte foi “abandonada e misturada” com pessoas da etnia cigana “que não sabem seguir regras” referiu uma moradora ao Vida Ribatejana que não quis ser identificada.



Os problemas têm sido muitos entre vizinhos e por isso os moradores não gostam de dar a cara, com medo de represálias dessas famílias.
À nossa reportagem, a moradora disse ser do conhecimento das autoridades o que se passa no lote quatro, o lote habitado por famílias de etnia cigana.
De noite “temos medo porque os ciganos, chamam nomes aos miúdos e metem-se connosco. E já não é a primeira vez que há aqui desacatos” disse.
Outra moradora referiu ao Vida Ribatejana que “estava melhor no Alto da Torre. As casas eram ilegais, mas não via este mau ambiente” por outro lado sublinhou que “o mau ambiente é sobretudo com os ciganos. Aqui há uns tempos partiram o café quase todo, por coisa nenhuma”disse.
Mas na generalidade, os moradores estão contentes com as casas. Garantem ter melhorado a qualidade de vida mas nem sempre é assim.
Outra das queixas, são as rendas que os moradores consideram elevadas. A Câmara tem feito demaches no sentido de cobrar as rendas aos inquilinos, mas na maioria das vezes não é bem sucedida.
Há ainda casos de que os moradores têm puxadas ilegais de luz, a partir das escadas do condomínio, e outros exibem sem qualquer pudor Bypass de água, sem passar pelo contador.
São estas algumas situações já detectadas pela autarquia, e verificada em loco pela comunicação social, numa das visitas promovidas pela Câmara ao local.
Para além da água e luz, e ausência de qualquer pagamento de renda “eles (os ciganos) arrancam os tacos do chão para fazer fogueiras. Há quem retire as portas para queimar, e fazem fogueiras no meio da sala num primeiro andar” referiu um morador que não quis ser identificado.
Esta é uma das razões pelas quais, Luís de Sousa, vice-presidente da Câmara, considera ter havido erros no PER. As questões culturais das famílias de etnia cigana e de outras, não foram acauteladas, o que deu azo a este tipo de situações “de falta de integração”. É por isso que a Câmara ainda está à procura de um terreno, para realojar essas famílias. Luis de Sousa, garante que a procura continua e que está a ser feita em colaboração com o patriarca dessas famílias que também já mostraram o desejo de abandonar os prédios.
Por outro lado há casos de manifesta incapacidade de cumprir os pagamentos. É o caso de Rosalina Lopes mãe de sete filhos, entretanto a maior parte já casados, e cujas dificuldades financeiras se agravaram nos últimos anos.
Ao Vida Ribatejana, a munícipe garante se fosse hoje “não saia de lá”. Até porque tinha mais terreno, que embora fosse propriedade da EPAL, era muito mais feliz:
Rosalina Lopes garante por seu lado que a sua vida mudou radicalmente “E está cada vez pior”, alegando que nesta altura não tem dinheiro para pagar a renda da casa, que está atrasada três anos e que espera a qualquer momento ser despejada pela autarquia.
Os últimos anos na casa de Rosalina não têm sido fáceis. Actualmente são quatro pessoas a viver do dinheiro dos “biscates” de um dos filhos consegue.
Para agravar a situação, o marido de Rosalina está preso a uma cama, com um tumor e dois dos filhos são aditos.
Um é toxicodependente o outro é alcoólico, e embora este último trabalhe, a vida acaba por não sorrir a esta família.
Rosalina confirmou entretanto que existe em marcha um plano de pagamento para as rendas atrasadas “dávamos três contos por mês da renda atrasada. Mas eu não tenho dois, quanto mais três contos”, para uma renda que se fosse cumprida não chegaria a perto de 20 euros.
Rosalina Lopes reconhece que está em divida, mas acrescenta que a doença do marido, um tumor, tem levado a maioria do dinheiro que a família ganha, e diz por isso que o pouco que vai havendo é para a comida do dia-a-dia.
Com os olhos postos no passado, Rosalina, garante que a casa que habitava no Alto da Torre, tinha melhores condições. Era mais ampla, e o terreno onde estava construída era da EPAL “por isso devia ter sido a EPAL a colocar-nos de lá para fora e não a Câmara”.
O futuro, diz que vai aguardar com expectativa. Já assumiu que não consegue pagar a renda e diz que se a Câmara partir para o despejo “vou acampar para o largo da Câmara, ou dormir para debaixo da ponte”disse.

GNR AVEIRAS DE CIMA DETEM MOLDAVOS EM FLAGRANTE


A GNR de Aveiras de Cima, deteve na passada semana em flagrante delito dois cidadãos de nacionalidade Moldava, que se preparavam para roubar uma sucata em Alcoentre.
Segundo fonte policial, os assaltantes de 21 e 24 anos, já tinham uma carrinha à porta cheia de material, predominantemente de alumínio, quando foram surpreendidos pela patrulha, que habitualmente faz a ronda por aquele local.
A mesma fonte sublinhou ao Vida Ribatejana, que provavelmente o material roubado, seria vendido no mercado paralelo, para ser fundido, dando origem a outras peças.
Na carrinha, que era propriedade de um dos assaltantes, já se encontravam alguns objectos, tais como portas de galeras em alumínio, ou depósitos de combustível de pesados acidentados.
Segundo apuramos, sobre um dos elementos, recaia um mandato de captura emitido pelo SEF (Serviço de Estrangeiros e Fronteiras), o outro aparentemente não tinha cadastro criminal.
Os dois elementos, com residência conhecida em Elvas e Loures, foram presentes a tribunal e aguardam em liberdade, mas com obrigatoriedade de apresentações periódicas nas autoridades de sresidência.

ACIDENTE PROVOCA DOIS MORTOS


Dois mortos, foi o resultado de um grave acidente ocorrido no cruzamento da Guarita em Azambuja. O forte nevoeiro que se fazia sentir e a falta de reflexos do condutor com setenta e seis anos, podem, segundo as autoridades, ter estado na origem deste acidente.


O nevoeiro cerrado e a falta de reflexos podem ter estado na origem do acidente mortal que ocorreu na manha da passada quinta-feira no cruzamento da guarita em Azambuja.
Ainda não eram sete da manhã e, os bombeiros de Azambuja já estavam a receber um alerta de um camionista que terá assistido a tudo.
Segundo o Vida Ribatejana conseguiu apurar, um casal de iodos que se fazia transportar numa carrinha de mercadorias, terá sido surpreendido por um veículo pesado, que a abalroou lateralmente, provocando a morte imediata dos dois ocupantes. Um casal de Aveiras de Cima na casa dos setenta anos.
As vítimas João e Rosa, que tinham sido proprietários de uma mercearia até há bem pouco tempo na vila de Aveiras de Cima, deslocavam-se para o hospital de Vila Franca de Xira para uma consulta de rotina. O acidente deu-se na ligação da estrada que liga Aveiras de Cima à estrada Nacional 3 no cruzamento da Guarita.
Segundo uma testemunha ouvida no local pelo Vida Ribatejana, “a carrinha estava no meio do cruzamento. A visibilidade era pouca e se calhar o homem pensava que não estava ainda no cruzamento, para virar para Azambuja. Foi então que um pesado de mercadorias, proveniente de norte, embateu fortemente na viatura ocupada por João e Rosa.
O embate foi de tal forma violento, que a carrinha foi arrastada quase duzentos metros, do ponto de embate inicial.
Fonte dos voluntários de Azambuja que deslocaram 11 homens para o local, confidenciou que os óbitos terão sido quase instantâneos “embora, só o INEM possa fazer esse diagnostico”.
Cem efeito, quando o Vida Ribatejana chegou ao local, perto das sete da manhã, o cenário já era constrangedor. Os bombeiros já tinham retirado Rosa Torrão de setenta e dois anos, e preparavam-se para a colocar na ambulância. Enquanto isso, outra equipa, retirava com cuidado a outra vítima, João Torrão que era o condutor da carrinha, com 76 anos, também para o interior de uma outra ambulância.
Cerca de meia hora depois, chegava a viatura da VMER (Viatura Médica de Emergência Médica) que confirmava no local o falecimento das vítimas, que posteriormente foram transportadas para o centro de Saúde de Azambuja, para posterior autópsia.
Quanto ao condutor do pesado, este ficou em estado de choque, contudo não teve de receber cuidados hospitalares.
O funeral do casal acabou por se realizar na passada sexta-feira, levando uma multidão de aveiricenses a despedir-se do casal, que era muito querido e conhecido na vila de Aveiras de Cima.

CAIXA AGRICOLA AZAMBUJA ASSALTADA


Um homem aparentando quarenta anos, assaltou na passada quinta-feira a Caixa de Credito agrícola de Azambuja. Segundo testemunhas ouvidas pelo Vida Ribatejana, o indivíduo que se fazia transportar num Peugeot Branco, estacionou a viatura a escassos sem metros da dependência bancárias, deixando-a a trabalhar para qualquer eventualidade. As mesmas testemunhas que presenciaram as movimentações do homem, esclareceram que o individuo aguardou a hora de fecho da dependência bancária, entrando ao mesmo tempo que a última cliente do dia. Contudo, dizem, aguardou pacientemente em frente à porta, mas do outro lado da rua, que alguém chegasse, tapou o rosto com um passa-montanhas e entrou na caixa.
Lá dentro terá pedido para encher os sacos de plástico que trazia. Os funcionários não ofereceram resistência, até porque o meliante fez o assalto sob ameaça de arma de fogo.
A única cliente que estava na dependência bancária e que segundo testemunhas, terá entrado ao mesmo tempo que o individuo, ficou nervosa, contudo isso não atrapalhou os planos do larápios, que mal viu os seus intentos satisfeitos, se dirigiu para o veiculo que tinha deixado numa estrada paralela à nacional 3, de modo a encetar a figa já planeada. Pelo caminho de regresso, as testemunhas salientaram que o homem foi despindo a roupa que trazia, chegando ao carro com uma roupa totalmente diferente, faltando apenas dizer, se nessa altura, o homem já tinha o rosto descoberto
Segundo fonte policial, o homem, terá conseguido levar cerca de seiscentos euros, encontrando-se ainda por identificar, embora todo o assalto tenha ficado registado nas câmaras de vigilância da Caixa de Crédito Agrícola de Azambuja.
O assunto foi entregue à Policia Judiciaria, que esteve no local a recolher todos os indícios do assalto, bem como ouvir as testemunhas.

Vila Nova da Rainha "ganha" sede remodelada


A tarde de sábado foi de festa para Vila Nova da Rainha. A junta inaugurou a nova sede, novos balneários e garantiu ainda a colocação de mais uma maquina Multibanco de acesso fácil e de ultima geração, junto da Caixa de Credito Agrícola de Azambuja.



A junta de Freguesia de Vila Nova da Rainha, concelho de Azambuja, inaugurou no passado sábado a ampliação as suas instalações e dos balneários públicos. O evento contou com a presença das força vivas do município, e atraiu para a rua uma pequena multidão, que para além que querer ver as novas instalações foi chamada a aplaudir a banca de Vale do Paraíso, que abrilhantou os festejos.
Com cerca de 1000 habitantes, segundos os censos de 2001, Vila Nova da Rainha prepara-se para enfrentar alguns desafios.
O aeroporto de Ota vai ficar perto da freguesia, que tem crescido a olhos vistos nos últimos anos. Os locais estimam mesmo que a população pode triplicar em breve. A construção do Bairro da Socasa e a chegadas de novas empresas à Zona Industrial da Rainha, são bons motivos que alegram a população, em embora esteja habituada a pacatez da vila, que outrora fora a terra das três mentiras, já se vai habituando à urbanidade, que vai chegando.
Para a já a vila prepara-se com uma nova e ampliada sede para a junta.
Foi construído um primeiro andar, novas salas para o posto médico no rés-do-chão. Novas áreas de apoio aos diversos serviços da junta, e um salão nobre bastante amplo.
José Rodrigues Onofre, presidente da Assembleia de Freguesia de Vila Nova da Rainha, destaca que esta era uma obra importante para enfrentar os novos desafios, lembrando os acessos rodoviários e ferroviários, cada vez mais importantes no desenvolvimento da localidade. Aliás o autarca salientou mesmo o remodelado apeadeiro de Vila Nova da Rainha, que tem sido um dos garantes de desenvolvimento local, bem com a futura ponte sobre o Tejo, entre o Carregado e Benavente e as ligações a Arruda dos Vinhos.
Também Joaquim Marques, presidente da Junta, salientou os novos desafios que para os quais a vila se prepara.
O autarca frisou a importância da obra, felicitando o presidente da Câmara Joaquim Ramos “que ao longo destes anos tem posto o seu saber ao serviço das populações do concelho de Azambuja”.
José Fidalgo, presidente da Junta de Freguesia de Vila Franca de Xira e dirigente da ANAFRE do distrito de Lisboa, salientou também a obra construída em terras de Vila Nova da Rainha. Destacando por seu lado a cooperação “estratégica” entre a freguesia e a Câmara Municipal de Azambuja. O responsável que aludiu à cooperação entre instituições, vincou também o “papel intimista dos autarcas, junto das suas comunidades” salientando que estes são 2ª gestão mais próxima da população”
O novo edifico, que foi a primeira obra construída pela EMIA (Empresa Municipal de Infra-Estruturas de Azambuja) terá, para além de um posto médico, ainda sem médico, serviço de correios, Internet, entre outros. Nesse sentido Joaquim Ramos, classificou-o como “uma espécie de loja do Cidadão, à nossa dimensão” congratulando-se com a obra, mas dizendo-se magoado com a oposição, que tem segundo o próprio, recusado entrega das obras da EMIA, à autarquia.
O autarca aproveitou o momento para frisar que “sem isto não havia hipótese de executar exacta obra” lembrando as restrições financeiras impostas aos municípios.

Caixa Agrícola de Azambuja Inaugura Multibanco

Os responsáveis da Caixa de Credito Agrícola de Azambuja, selaram com champanhe a celebração de um protocolo, com a junta de freguesia de Vila Nova da Rainha.
Os responsáveis pela instituição de crédito local, lembraram o esforço que o banco tem feito no sentido de proporcionar bons serviços em todo o concelho de Azambuja. No caso de Vila Nova da Rainha, António Silva, gerente da instituição, lembrou que embora as analises elaboradas pela instituição revelem uma “fraca viabilidade económica”, acedeu ao pedido da Junta de freguesia, que até ao momento tinha uma maquina Multibanco de outra instituição, que não funcionava convenientemente.
Assim, a instituição, passa a ter a “exclusividade” na freguesia. Primeiro com a inauguração duma delegação há dois anos, e agora com a colocação de mais uma caixa Multibanco, no exterior das instalações da junta, lembrando que foi a convergência de interesses, entre a junta e a Caixa Agrícola, que deram o mote para esta parceria, que já existe por exemplo nos Casais da Lagoa, freguesia de Aveiras de Baixo.



A Terra das Três Mentiras

José Machado Pereira, historiador e museólogo da Câmara Municipal de Azambuja, fez uma resenha histórica do passado de Vila Nova da Rainha.
O historiador, lembrou a importância que a localidade tem para a historia da aviação nacional, já que a própria força aérea portuguesa, vinca com alguma insistência o facto de “em 1916 ter acolhido a primeira escola da aeronáutica militar, no contexto da primeira guerra mundial”.
Quanto ao facto de Vila Nova da Rainha ser considerada a terra das três mentiras, José Machado Pereira, considera que para ele as coisas não são assim tão líquidas.
O historiador lembra que em 1232, “Vila Nova, aparece-nos só com esse nome”. Não no sentido das suas jurisdições “mas em termos de um lugar que dado o seu número de habitantes para a época, começava a ter uma certa preponderância e por isso começava a existir uma vila nova”.
O historiador garante que da análise que fez aos documentos, constatou que “passaria a ser Vila Nova para se distinguir da vila velha que seria Alenquer, cujo termo pertencia e da rainha, porque Alenquer, logo que era instituída a casa da rainha quer era Dona Mafalda, primeira rainha mulher de D. Afonso Henriques, também precisava dos seus rendimentos para ter a criadagem” lembrando que Alenquer e Óbidos são as primeiros povoados que entram como propriedade da casa da rainha” e daí a justificação de Vila Nova da Rainha.
Vila já era, era nova porque era preciso diferenciar da vila velha que era Alenquer e da rainha “porque passou a fazer parte das casas da rainha, e era aí que os moradores pagavam as suas decimas para sustento da casa da rainha” disse.

GNR identifica e camara resolve situação preocupante de idoso


Nem sempre quando a GNR bate à porta, é sinal de má noticia. Desta vez o núcleo da escola segura detectou um idoso a viver em condições preocupantes. Dois meses depois Manuel Jóia, está ao cuidado do Centro de Dia da Casa do Povo de Manique do Intendente, e tem uma vida quase normal.





Manuel Jóia pode se considerar uma pessoa com alguma sorte. Aos sessenta anos, o idoso vou a sua vida mudar radicalmente, quando a GNR lhe bateu à porta. Os soldados da Escola Segura de Azambuja detectaram o idoso a viver numa situação preocupante e de imediato iniciaram demaches no sentido de dar melhores condições de vida aquela pessoa.
Manuel Jóia vivia numa barraca em Vale Carril, freguesia de Alcoentre.
No anos setenta, depois de regressar da guerra colonial na Guiné, adquiriu uma pequena porção de terra, onde mais tarde vinha a erguer um pequeno edifício. Sem luz, ou água canalizada, Manuel Jóia, foi vivendo os últimos 30 anos à margem e à espera que a vida melhorasse.
Contudo o idoso, ainda mal refeito das maleitas que a guerra lhe trouxera, viu a sua vida degradar-se. Nos últimos anos, dizem os vizinhos, entregara-se à bebida, mas sempre lhe reconheceram um espírito combativo, que o tem levado, apesar das agruras da vida, a bom porto.
Manuel Jóia, vive agora o medo de ficar sem a sua casa. O terreno que comprou, não tem delimitadas quaisquer estremas, e por isso torna-se difícil saber onde começa ou acaba.
A situação agravou-se quando viu um vizinho reclamar o terreno como seu.
As técnicas sociais da Câmara Municipal de Azambuja, têm feito diligências para resolver o assunto. Segundo a assistente social Cristina Maurício, “o vizinho do senhor Jóia colocou o assunto em tribunal” e é do tribunal que depende agora o senhor Jóia, já que tem em seu poder os papeis que comprovam a aquisição do terreno.
Assim que a autarquia teve conhecimento do caso, tentou encontrar uma solução para o idoso.
Na barraca em cimento onde ainda vive, tem alguns objectos pessoais dos quais não se quer desfazer. A casa precisa de uma reparação e de uma limpeza, “mas nada pode ser feito sem que o tribunal se pronuncie” refere Cristina Maurício.
Os acessos à casa de Manuel Jóia não são fáceis. Para lá chegarem, as pessoas têm de atravessar um terreno de cultivo, e foi o facto da casa ter um aspecto de abandono, que nunca levantou suspeitas que ali morava alguém.
O caso de Manuel Jóia foi detectado em Agosto pela GNR, mas só em Outubro é que foi parcialmente resolvido, dado não haver condições físicas para acolher esta pessoa nas instituições limítrofes.
Actualmente Manuel Jóia “está perfeitamente integrado” referiu Pedro Moita responsável pelo Centro de Dia da Casa do Povo de Manique do Intendente.
O responsável tinha algum receio que o idoso não se adaptasse “mas correu tudo bem. Já fez amigos, e passa o tempo a ler, escrever e conversar” deixando para trás “o vício da bebida, talvez por não ter ninguém para conversar durante o dia”.
Manuel Jóia, mostrou-se contente por estar na instituição “tratam-me bem. A comida é boa, gosto de estar aqui” disse ao Vida Ribatejana.
Por outro lado, não se consegue abstrair dos problemas que tem tido com a sua casa “a culpa não é minha. Eu tenho os papéis todos. Não sei porque é que o imigrante está a fazer aquilo” disse referindo-se ao vizinho com quem partilha parte do terreno e que quer também o local onde está a sua casa.
Pedro Moita, refere ainda que Manuel Jóia é um homem sociável. Diz ter conhecimento das intervenções que estão a ser feitas junto do tribunal para que o assunto seja rapidamente resolvido. Enquanto não há qualquer resolução, Manuel Jóia vão continuar a passar os dias no Centro de Dia da Casa do Povo. É lá que faz a sua higiene diária, e faz as refeições.
Pedro Moita, salienta ainda o empenho da sua irmã e sobrinho. O papel da família tem sido importante neste caso, embora o senhor Manuel tenha continuado a preferir estar na sua casa, em vez de ir para casa dos familiares.