Tuesday, April 15, 2008

Os Conselhos da GNR aos idosos


Dezena e meia de idosos participaram sexta-feira numa sessão de esclarecimento promovida pela Guarda Nacional Republicana em Aveiras de Cima.
Com o objectivo de divulgar algumas práticas de segurança junto deste grupo da população, os militares elucidaram os presentes sobre um conjunto de medidas a ter em conta no dia a dia.
Ainda com as notícias de agressão a uma idosa em Vila Nova da Rainha bem presentes na memória, os idosos aveiricences, escutaram com alguma atenção os conselhos da GNR, para evitarem ser alvo de burlões ou de assaltos.
Ao militares aconselharam os mais velhos a desconfiar de algumas práticas, e advertiram que em caso algum “nenhum funcionário das finanças, segurança social ou de um banco” se desloca a casa dos clientes para trocar seja o que for.
Trancar as portas e não deixar o correio amontoado à porta de casa por muito tempo, são sinais que podem fazer toda a diferença. No caso de ausência mais prolongado, os militares aconselharam mesmo que os idosos deixassem uma lâmpada de baixo consumo ou um radio ligados.
Embora ainda sejam poucas as queixas deste tipo de burlas em Aveiras de Cima, as autoridades preferiram não facilitar.
Há relatos de algumas burlas em Aveiras de Cima, mas segundo apurou o Vida Ribatejana, casos de sequestro ou agressões a idosos não estão referenciados.
Todavia, os militares da GNR acreditam que muitas situações não chegam ao seu conhecimento. Os idosos, especialmente os que são burlados, acabam por não fazer queixa no posto policial “por vergonha ou por medo”, inviabilizando assim a identificação e a captura dos burlões.
Para o tenente Pedro Ramos, comandante do destacamento da GNR de Alenquer, estas acções são muito importantes na vida dos idosos. Elas ajudam a precaver algum crimes, salientando que servem em grande medida para “alertar os idosos para a grande temática de hoje em dia, que são as burlas”.
O responsável salienta que as situações mais comuns relatadas à GNR “dão conta de indivíduos que se fazem passar por funcionários da segurança social ou CTT, ou de outras instituições, que se aproveitam do desconhecimento de causa das população mais idosa para ganhar algum dinheiro”.

Monday, April 14, 2008

Rafael Abreu produtor de vinhos


Quase a completar 72 anos de vida Rafael Abreu é um agricultor feliz. Participante desde a primeira hora na Ávinho, não se coíbe de dizer que os néctares de Aveiras de Cima são os melhores da região.
Rafael Abreu, é um pequeno produtor de vinhos, mas com uma grande capacidade de inovação. Rafael foi-se atapetando aos novos tempos e as exigências e hoje o seu vinho é procurado de norte a sul do país e além fronteiras.
È com orgulho que diz que há pouco tempo teve compradores de fora de portas, tudo para reafirmar a qualidade dos seus vinhos produzidos na região e embalados de forma familiar ao fim-de-semana pelo filho e pelo genro que dão uma mãozinha no negocio de família.
Aliás Rafael Abreu, apenas lamenta não saber qual o futuro da empresa que construiu nos últimos anos. Lamenta que os filhos não queiram prosseguir o negocio, mas em todo caso o dia-a-dia vai sendo quase igual quando era mais novo.
“Hoje a agricultura é diferente” salienta Rafael Abreu, que herdou do pai, que tinha herdado do avô, o gosto pelo que a terra dá.
Os dos são diferentes, as exigências são outras e por isso agora com a agricultura mecanizada, há novas oportunidades.
Contudo as coisas poderiam ser melhores, não fosse a burocracia, diz Rafael Abreu.
Antes sem a União Europeia, as coisas eram diferentes, hoje não nega que todo está melhor, mas lamenta o que passou para construir aquilo que hoje tem. Rafael agricultor de profissão, já foi funcionário do estado. Esteve na penitenciária de Alcoentre e chegou a ser motorista dos filhos dos funcionários. Quis o destino que em paralelo construísse a empresa que hoje dá sustento à família, depois de muitos anos a percorrer muitos caminhos com sacrifício. É por isso que lamenta o facto “de termos andado, eu e o meu irmão, a construir uma vinha com sacrifício” e nos dias de hoje as coisas “estão a pôr-se de uma maneira que existem meia dúzia de indivíduos a querem mandar no pais inteiro, na zona europeia. São eles os mandões disto tudo” desabafa Rafael Abreu acrescenta “isto esta nas mãos dos grandes. E nos os pequenos que andamos uma vida inteira, temo-nos sentido ultrapassados pela falta de capital em relação a esses indivíduos grandes” disse.
As coisas estão muito diferentes. Já lá vão os tempos das tabernas de Aveiras de Cima. Das mais de doze que teve, só subsiste a Taberna do Chico Guela que o Vida Ribatejana destacou no ano passado. Rafael Abreu diz que essa “é a única onde a malta pode ir beber um copinho à antiga portuguesa. Agora tem de se beber um copinho, mas à moderna portuguesa”.
O produtor lamenta que a burocracia esteja a dificultar a vida ás tabernas e aos produtores “antigamente a gente gostava de ir à tasca beber um copo à saloia, hoje não” está tudo diferente.
Rafael Abreu é um dos participantes desde a primeira hora da Avinho. È com orgulho que ostenta a sua participação no certame e abre as portas aos visitantes. Aos estranho e aos amigos, porque a Avinho é mesmo a Festa do Vinho e das Adegas.

Praça de Toiros vai mesmo abaixo



Está marcada para a próxima quarta-feira uma assembleia-geral da Associação Cultural – Poisada do Campino de Azambuja.
A iniciativa reveste-se de alguma importância, porque serão apresentadas as contas referentes à actuação da comissão administrativa anterior e da actual direcção, que a associação esteve um par de anos sem qualquer assembleia.
Nesta reunião será também votada pelos sócios, a alienação da praça de toiros de Azambuja, que dará lugar a um pavilhão multiusos, com capacidade para se realizar ali, espectáculos taurinos.
Já há muitos anos que a praça de toiros de Azambuja vem sendo alvo de constantes manutenções, sendo que o presidente da câmara, sempre recusou a construção de uma praça de toiros em alvenaria, tendo em consideração os custos que daí advinham.
Com a requalificação do Campo da Feira, a autarquia decidiu incluir também a praça de toiros.
Adquirida por um conjunto de empresários na segunda metade dos anos oitenta, o imóvel foi sofrendo algumas alterações. Nesta altura apenas o exterior é desmontável e revestido a zinco. Parte do interior já é em alvenaria, como são os casos das casas de banho, da enfermaria ou dos curros.
Ao longo dos anos a praça foi conhecendo algumas alcunhas. Os aficionados azambujenses cedo se habituaram a chamar-lhe de “Monumental de Zinco” nome que irá agora perdurar nas memórias de cada um, já que o novo pavilhão que deverá estar pronto no próximo ano, será construído no mesmo local.
A próxima assembleia-geral da associação, que está marcada para as 21 horas da próxima quarta-feira, irá decidir o futuro da praça, um futuro quase certo, uma vez que Joaquim Ramos presidente da autarquia, já tem em andamento, alguns projectos para o Campo da Feira que está a ser intervencionado no âmbito do POLIS.

Grupo de Forcados de Azambuja mais pobre


Desde sábado dia 5 que a festa brava chora a partida de mais um homem. Fernando Barreto que foi o primeiro-cabo da história do Grupo de Forcados Amadores de Azambuja, faleceu com 59 anos de idade.
Fernando Barreto que foi também um dos fundadores do grupo em 1967, teve a sua última aparição pública no espectáculo comemorativo dos 40 anos do grupo.
Já há perto de 20 anos que Fernando Barreto não vestia a jaqueta, tendo deixado o grupo para os mais novos.
A comunidade tauromáquica azambujense lamenta a perda de mais um dos filhos do grupo que faleceu de forma inesperada pelos familiares mais directos.
Contudo Fernando Barreto deixa sucessores. O Filho Carlos Barreto que já foi forcado em Azambuja, é actualmente um dos homens do aposento do Cartaxo.