Saturday, October 27, 2007

Urgências Pediátricas em Azambuja


As urgências pediátricas estiveram em destaque em Azambuja num seminário promovido pelos bombeiros locais. O crescente numero de partos em ambulâncias, ou as crianças vitimas de maus tratos foram alguns dos temas abordados pelos soldados da paz.

Mais de quatro centenas de bombeiros oriundos de todo o país estiveram reunidos em Azambuja para falar de urgências pediátricas.
O seminário, do qual fizeram parte inúmeros especialistas ligados à temática, foi organizado pelos bombeiros voluntários de Azambuja e encheu quase por completo o auditório do Centro Social e Paroquial local.
Pedro Cardoso comandante dos bombeiros de Azambuja, considerou que o seminário cumpriu o objectivo, já que este conseguiu reunir a atenção dos soldados da paz mas também da população em geral.
Contudo o operacional salienta que este tipo de debates devem ser repetidos. Cardoso explica que não é fácil lidar com crianças e isso é provado todos os dias.
O operacional salienta também que a urgência pediátrica não é uma urgência normal “é muito específica. Até porque mesmo não tendo filhos, temos a sensibilidade que estamos a lidar com um ser humano mais frágil e é mais difícil raciocinar direito. E para isso é presido alguma preparação”.
Não é fácil muitas vezes entender onde estão as dores das crianças e por isso “há uma série de técnicas que usamos, para aprender a lidar com as situações”. O comandante diz que há factores determinantes para “conquistar” a criança.
Factores como a auto estima que são de resto fundamentais para que os bombeiros consigam realizar a tarefa de levar, por exemplo, uma criança para o hospital. É por isso necessário passar alguma confiança à criança “para que ela sinta que somos a sua protecção”.
A empatia deve ser grande. Cardoso lembra um caso em que uma criança vítima de atropelamento “se agarrou ao meu pescoço e nunca mais me largou até ao hospital” mesmo com os pais junto dela.
É nestas alturas que os bombeiros tentam passar a mensagem que um bombeiro é um amigo, o que ajuda no que toca à confiança.
Para os voluntários de Azambuja, lidar com crianças, pode não ser fácil, mas já existem algumas técnicas simples para os mais “ganhar” novos. É o caso dos bonecos de peluche existentes nas ambulâncias, que servem para quebrar o gelo “através daquele boneco que damos à criança, criamos um relacionamento de afecto e confiança, o que torna tudo muito mais fácil” o que leva também a que tudo se torne mais fácil para quando a criança chegar ao hospital, sabendo por antecipação o que o médico lhe vai fazer.
Mas neste seminário falou-se também das maternidades. O número de partos em ambulâncias estar a crescer em Portugal e Azambuja não é excepção. Embora o concelho de Azambuja não tenha uma distância muito significativa da maternidade do hospital Reynaldo dos Santos, o que é certo é que no último ano já se realizaram dois partos assistidos por bombeiros daquela corporação.
O operacional lembra que não é fácil fazer um parto “parece que é mas não é. E quem já o fez sabe disso, embora dê depois um gozo interior, quando correm bem, isso não se pode descrever e não tem preço”.
Pedro Cardoso vinca que os bombeiros têm a formação suficiente e que as ambulâncias já têm as mínimas condições para uma emergência deste tipo, contudo muitas vezes os bombeiros têm também de lidar com a desconfiança e o nervosismo dos familiares da parturiente, o que torna mais difícil o seu trabalho e concentração.
Outras das questões abordadas neste debate prendeu-se com os maus-tratos ás crianças por parte de familiares. É necessário uma sensibilidade especial por parte dos bombeiros, que têm a responsabilidade de denunciar esses casos. Pedro Cardoso.
O comandante diz que tem de haver sensibilidade por parte dos bombeiros para perceber “quando é uma queda ou são maus tratos” lembrando que os bombeiros devem estar atentos àquilo que está no ambiente da criança “que nos dá pistas para alguma situação mais complicada” vincando que até à data os bombeiros de Azambuja ainda não detectaram qualquer caso desses, contudo o operacional diz existirem algumas situações de crianças sinalizadas no município.


Mais um que lá bateu!


A estrada que liga o bairro da Socasa ao campo da Feira em Azambuja esteve na tarde de segunda-feira condicionada ao trânsito. O condicionamento ficou a dever-se ao choque de um pesado de mercadorias com as condutas da EPAL que passam naquele ponto da vila.
Segundo apurou o Vida Ribatejana, o condutor não se terá apercebido da sinalização que dava conta da altura da conduta, tendo embatido (ver foto) violentamente na estrutura.
Para este acidente, o terceiro no espaço de dois anos, terá contribuído alguma desorientação do condutor, uma vez que não conhecia o percurso limitando-se a seguir a sinalização colocada pela empresa que está a proceder ás obras do POLIS de Azambuja.
As obras estão a condicionar algumas ruas da vila de Azambuja, no local, alguns condutores lamentaram mesmo que a ASIBEL mude os sentidos de trânsito sem dar conhecimento prévio, quer à população quer ás autoridades.
O Pesado de mercadorias de matricula espanhola, ficou preso na estrutura danificando a base que suporta as condutas. Contudo os responsáveis pela EPAL; optaram por não interditar a estrada, dado que não representa qualquer perigo para os condutores, e porque é actualmente uma das únicas alternativas para escoar o tráfego vindo da zona das piscinas de Azambuja.
Segundo as autoridades, o condutor não apresentava qualquer taxa de álcool no sangue, sendo que será imputada apenas uma multa por desobediência à sinalização. O pesado ficou danificado na galera e no reboque.