Thursday, September 27, 2007

Folclore ribatejano nao animou azambujenses


A oitava edição do Congresso de Folclore do Ribatejo que se realizou este ano em Azambuja, ficou marcada pela fraca afluência do público ás várias iniciativas, ficando patente a necessidade de criar novas formas e mais apelativas para chegar à população em geral, e aos mais novos em particular.

Embora apreciada por muitos, a arte folclórica, não inspirou os azambujenses que preferiram ficar em casa, ou aproveitar os últimos dias de sol para dar um pulo à praia.
Outros, os mais participantes nestas iniciativas, declararam que a altura em que se desenrolou o congresso “coincidiu com as vindimas” pelo que se tornava difícil a presença dessas pessoas, muitas delas participantes nos ranchos do ribatejo.
Ainda assim esta edição que se dividiu por três dias, teve o mérito de juntar cerca de meia centena de pessoas numa homenagem a Ludgero Mendes e a Agustin Gonzales. Duas figuras importantes do folclore regional e nacional.
Para além das muitas iniciativas de ordem técnica, como foram os casos dos diversos debates sobre as vária problemáticas do folclore, o evento contou ainda com momentos lúdicos com representações dos vários ranchos do ribatejo no Pátio do Valverde.
A edição deste ano, ficou também marcada com as jornadas etnográficas de Azambuja. O evento integrou-se este ano e pela primeira vez no congresso de folclore, e contou com as presenças dos vários grupos do município.
Os grupos do município recrearam a montagem de um mercado à moda antiga, e posteriormente dançaram para o público presente no Pátio do Valverde.
Ainda assim, e com o público a não corresponder, os organizadores não deixaram de salientar que este festival teve um balanço positivo.
Uma das conclusões deste congresso, vai no entanto no sentido de uma reflexão profunda sobre o folclore nacional.
Aurélio Lopes, antropólogo, teceu mesmo algumas criticas ao actual momento vivido pelo folclore quem em muitos casos “não passa de uma mera montra destinada a comícios”.
Para o responsável e estudioso desta arte “é necessário encontrar formas para cativar os mais jovens” uma tarefa, diz, que deveria ter sido iniciada há pelo menos vinte anos.
Nas conclusões apresentadas por Ludgero Mendes, Aurélio Lopes salientou que é um facto “que o actual formato utilizado nos festivais de folclore não está a potenciar o acréscimo de público sobretudo ao novel dos mais novos. Nesse sentido, o responsável recomendou a todos os agentes do folclore “a criação de novas formas de apresentação do património etnográfico e de folclore” sugerindo que através de uma contextualização “ou encenação do conteúdo, se enriqueça pela inovação o espectáculo, aliciando assim mais público”.
Outra das conclusões deste congresso aponta para que os grupos de folclore não se “revejam” apenas nos festivais de folclore e que devem apostar noutras iniciativas de “divulgação e valorização” do património, nomeadamente através de exposições temáticas, colóquios ou reconstituição das actividades cíclicas tradicionais.
Entre os mais variados temas em destaque, houve ainda tempo para falar dos trajes populares dos ranchos folclóricos.
As conclusões, neste campo, salientaram a necessidade dos grupos ajustaram ás realidades da época, os diferentes trajes. Em muitos casos foram adicionados alguns adornos, dizem os responsáveis, que “em nada tem a ver com a realidade” da época.




Wednesday, September 26, 2007

CDU e utentes preocupados com a saúde


O protesto contra o estado do Serviço Nacional de Saúde, mobilizou no passado fim-de-semana, milhares de pessoas em vários pontos do país. Em Azambuja, cerca de meia dúzia de utentes distribuíram papeis à porta do novo centro de saúde do concelho, e reivindicando a optimização do edifício inaugurado este ano

Milhares de pessoas reivindicaram no passado sábado melhores condições do serviço nacional de saúde
A iniciativa que teve lugar a nível nacional, juntou protestos oriundos de todo o país numa vigília no Saldanha em Lisboa “em defesa do Serviço Nacional de Saúde”.
As acções que se estenderam a vários pontos do país, abarcaram também o concelho de Azambuja, onde recentemente o serviço de urgências nocturno foi desactivado.
Em frente ao edifício, uma pequena delegação de cidadãos, na maioria afectos ao partido comunista que em parte deu cobertura àquela acção, alertou para o facto do edifício estar a ser utilizado aquém das suas potencialidades.
António Nobre, vereador do PCP na Câmara Municipal de Azambuja, que não esteve presente na acção, tem sido uma voz recorrente contra o encerramento das urgências nocturnas.
É frequente o vereador indagar o executivo socialista sobre o estado da saúde no Municipio, sendo que para o próximo dia 27 já está marcada uma conferência de imprensa sobre saúde.
Elsa Couchinho porta-voz do movimento cívico em Azambuja, considera que o actual edifício do centro de saúde inaugurado o ano passado está a ser utilizado aquém da sua capacidade máxima.
A porta-voz, lembra que para além do encerramento do serviço de urgências nocturnas “foi feito aqui um grande e bom investimento em termos de instalações” mas há, na opinião da responsável “carências ao nível dos médicos de família e de outro pessoal técnico” bem como de consultas de especialidade.
Mas na radiografia que faz do concelho de Azambuja, aponta também outras lacunas, como é o caso “da Junta de Freguesia de Vila Nova da Rainha que nem sequer tem um posto de saúde, ou qualquer outro serviço a funcionar directamente junto da população”. Vila Nova da Rainha tem todavia umas instalações modernas inauguradas este ano, e com um espaço destinado para um pequeno gabinete para um médico. Esta tem sido uma reivindicação antiga do executivo da junta (PS) que há muito tem insistido junto de Antonio Ramalho, director do centro de saúde de Azambuja para colocar um médico naquele posto.
Do restante concelho, Elsa Couchinho também faz um diagnostico pouco positivo. A responsável lembra que existem locais onde os serviços de saúde “são prestados em condições muito precárias” ao nível “dos recursos humanos e do próprio espaço físico”.
Ainda inserido nesta “luta” também os cidadãos de Alenquer protestaram junto do ministério da saúde na passada sexta-feira.
A coordenadora da Comissão de Utentes e a Comissão de Utentes de Santana da Carnota, esteve presente na vigília na passada sexta-feira em frente ao ministério da saúde, onde entregou um abaixo-assinado das Extensões de Saúde do Concelho de Alenquer e uma carta aberta, ao Ministro da Saúde, sobre as condições do Serviço Nacional de Saúde naquele concelho.

Mendes e Menezes em Vila Franca e Azambuja

Marques Mendes está acorrer o país em busca de apoios para a sua recandidatura à liderança do PSD. Nesse sentido, Mendes deslocou-se a Azambuja e a Vila Franca de Xira na passa quarta-feira, onde falou aos militantes locais.
Do discurso de Marques Mendes, feito aos militantes vila-franquenses no clube da cidade e quase totalmente virado para fora, ficaram alguns elogios ao vereador Rui REI “que apesar se ser o único vereador do PSD, e apesar de ser vereador sem pelouro, tem iniciativa, acção e isso é particularmente importante, não obstante de todas as dificuldades que a oposição sente”.
Na óptica nacional, o presidente do partido não deixou de ter criticas a José Sócrates e ao governo socialista. Mendes salienta que o país está a meio de uma legislatura, e que se trata de um momento sensível, destacando que “ao fim de dois anos e meio não há resultados da governação”.
Mendes acusou Sócrates de não cumprir as promessas feitas aquando da sua candidatura a primeiro-ministro e diz acreditar que “há ano e meio atrás muitos portugueses, alguns dos quais já votaram no PSD acharia que o engenheiro Sócrates era invencível e que o PS estava para durar muitos e largos anos”.
Para Marques Mendes o país “não está bem” e exemplifica com o facto do desemprego estar a diminuir na Europa “mas em Portugal aumenta. Estamos numa fase em que as desigualdades sociais na Europa vão-se atenuando. Mas em Portugal agravam-se” referindo que o país não está a conseguir acompanhar as principais mudanças na Europa.
Marques Mendes não esconde de resto que o objectivo desta “cruzada” visa a sua eleição como primeiro-ministro, argumentação que repetiu aliás em Azambuja, num jantar com os militantes pouco antes de se deslocar para Vila Franca de Xira.
O líder do PSD, perante cerca de sessenta pessoas, o mesmo numero que o ouviu em Vila Franca de Xira, fez também questão de prometer ajuda para uma nova sede. Há três anos que o PSD de Azambuja reúne em locais diferentes “isso não pode continuar a acontecer. O PSD tem por isso dificuldades em fazer politica em Azambuja, mas tem muita gente que está connosco e que poderá estar cada vez mais no futuro”. O líder dos laranjas deixou de resto um desafio aos presentes “vamos ter de encontrar uma solução com a ajuda local e nacional” assegurando negociações com Miguel Macedo, o secretário-geral do PSD que trata das finanças “mas considero importante para que possamos dar uma ajuda para que a família social-democrata aqui, tenha uma sede onde possa reunir, conviver e trabalhar” disse.

“Ota está morta e enterrada”



Marques Mendes considera que a implantação do Aeroporto na Ota é um assunto já arrumado. O líder do PSD considera que essa não era uma boa solução para Portugal, e aponta como alternativa a localização em Alcochete, que será mais barata para o país.
O líder do PSD vinca entretanto, que a hipótese Ota, se esgotaria em poucos anos, uma vez que não tinha hipóteses de crescimento ou de ampliação, vincando que Ota “era uma solução casa, insegura e transitória”.
Confrontado pelo Vida Ribatejana sobre o pedido de indemnização dos autarcas da região refém de medidas preventivas, o líder do PSD argumentou “não fui eu que prometi um aeroporto na Ota, foi o governo”.
Todavia Mendes referiu que na sua opinião “Ota está morta e enterrada”, mas segundo o líder falta ainda definir as novas soluções. “Ou Alcochete ou a Portela mais um, sendo que mais um, poderá ser Alcochete”.
Marques Mendes refere que “de alguma forma eu compreendo que os autarcas se revoltem com o governo” argumentando “que o governo prometeu, como está à vista, aquilo que não podia prometer”, salientando que “o que interessa é o interesse nacional. E do ponto de vista do interesse nacional, eu acho que o recuo que o governo foi obrigado a fazer na Ota é uma vitória do país” salientando mais uma vez as expectativas regionais criadas a muitos autarcas “que foram defraudadas”.


Ao contrário do que defendeu Marques Mendes na visita que fez a Vila Franca de Xira e a Azambuja, Menezes que também esteve nestes municípios, opta por deixar a +ultima palavra para os técnicos que estão a seguir o assunto.
Em declarações feitas ao Vida Ribatejana, à margem de um jantar com militantes em Azambuja, o candidato à liderança do maior partido da oposição, salientou que na sua opinião nada está ainda decidido, pelo que “qualquer decisão deve ser tomada em função dos estudos técnicos que devem ter em linha de conta todo o tipo de questões que estavam em cima da mesa” tanto no que toca ás questões financeiras de segurança ou ambientais “ e até a economia regional. E depois tendo em conta esses parâmetros, devemos decidir sem polemizar em excesso essa questão”, ressalvando que a questão em torno da construção do aeroporto deve ser feita de forma tranquila e sem polémicas, reiterando “que não se deve tirar proveito político circunstancial deste tipo de questões”. O candidato acusou Marques Mendes de ser “nestas matérias verdadeiramente populista. Quando ataca a nomeação determinados agentes políticos para determinados cargos ou quando discute a problemática da Ota como discute…ou quando faz cair Câmaras, como faz” salientando que nestes casos “estamos perante um populismo menos responsável”.
Contudo as criticas de Menezes apontam o dedo a Marques Mendes no que toca ás nomeações para a Caixa Geral de Depósitos. Em causa estão declarações do actual líder do PSD, que criticou as nomeações de Armando Vara e Fernando Gomes para o banco do Estado.
A este propósito, Luis Filipe Menezes, argumenta que as criticas apontadas por Mendes não fazem sentido. O candidato presidente da Câmara de Gaia prometeu não “perseguir militantes de outros partidos, só porque foram nomeados para determinados cargos” acrescentando que “amanhã o companheiro Marques Mendes quando abandonar a politica pode precisar de se afirmar do ponto de vista profissional num cargo semelhante ao do doutor Vara. Acho que o facto de ter sido ministro em Portugal, já é o suficiente para afirmar um curriculum que lhe permite ser vogal da Caixa Geral de Depósitos” esclareceu Luis Filipe Menezes.
Em declarações ao Vida Ribatejana, o candidato não descora a candidatura a primeiro-ministro, porque diz “normalmente é isso que acontece” contudo esclarece que “sou cumpridor de todos os passos formados que têm de ser dados”. Primeiro a candidatura a líder do partido, e depois uma possível candidatura a chefe do governo.
Aliás Luis Filipe Menezes, diz ter a percepção de que as bases estão consigo. O candidato tem granjeado apoios de peso na região e de algumas concelhias.
Não são os casos de Vila Franca de Xira ou de Azambuja, cujos presidentes Luis Leandro e Rui Rocha, respectivamente, que fazem parte da comissão de honra de Marques Mendes.
Contudo em Azambuja, Menezes conseguiu apoios de peso. São os casos de Leonel Santa Rita, mandatário concelhio e de Virgínia Estorninho, ex. Vereadora do PSD na Câmara de Azambuja e que tem sido uma critica da presidência de Marques Mendes.
Luis Filipe Menezes, salienta no entanto que não desejava estas eleições antecipadas. Contudo a perca da Câmara de Lisboa do PSD para o PS, deram origem, segundo Menezes, a que Marques Mendes “assumiu publicamente uma crise. Assumiu que tinha falhado à frente da liderança do partido” e prossegue dizendo “não é normal um líder que tem dois anos de mandato, ao fim de um ano e pouco demitir-se”.
À semelhança de Marques Mendes, Luis Filipe Menezes e a sua comitiva estiveram depois no clube vila-franquenses em Vila Franca de Xira, onde responderam ás perguntas dos cerca de meia centena de militantes presentes.

ALENQUER E AZAMBUJA APOIAM TGV

As câmaras de Alenquer e Azambuja aguardam com algumas expectativa para o anúncio final para a construção do futuro aeroporto internacional de Ota. Em causa está o traçado do TGV que está agora em discussão pública, mas que poderá, segundo o presidente da Câmara de Azambuja, estar condicionado à estrutura aeroportuária.



Jorge Riso vice-presidente da Câmara Municipal de Alenquer considera que o impacto do TGV (Comboio de Alta Velocidade) pouco ou nada irá alterar a vida do concelho.
Numa altura em que o estudo de impacte ambiental está em discussão pública, o vereador alenquerense salienta este como um sinal do progresso que o município de Alenquer terá de viver nos próximos anos, a par com as restrições para a construção do aeroporto na Ota.
Em declarações ao Vida Ribatejana, Jorge Riso salienta que “este estudo não nos trás, a nós que já os esperávamos, grandes novidades. Sabemos que este traçado como qualquer outro que cruzasse o concelho teria de facto alguns impactos. Quer no âmbito da paisagem ou do desenvolvimento do concelho através das servidões que vai implicar”.
O vereador considera por isso que este tipo de impactos já esperados no município de Alenquer “são próprios de uma obra desta envergadura”, argumentando que o impacto que será sentido, será quase um mal necessários dado “que é em prol de uma obra de interesse público”.
Salvaguardando as devidas diferenças com o impacto da construção do aeroporto em Ota, Jorge Riso vinca que a construção do troço do TGV, terá “um impacto muito inferior, na minha opinião pessoal, face ao impacto do aeroporto”.
Riso vinca que o traçado escolhido pelos técnicos “tanto quanto sei, não interessa nem deixa de interessar ao concelho. Já esperávamos que acontecesse. Podia ser mais para ou lado ou outro, mas nunca poderia fugir daquela porção deste concelho” explicando que tal “não ocupa só o nosso território” destacando que o projecto tem início fora do concelho de Alenquer.
Jorge Riso destaca também que este projecto trará para Alenquer e concelhos limítrofes, um impacto considerável ao nível das acessibilidades. Para o vereador este traçado “ quer uma infra-estrutura ou outra (Ota ou TGV), que são de interesse nacional para o desenvolvimento do país. E não é será o concelho de Alenquer que irá objectar para que esse interesse seja colocado em causa, como se diria mais vulgarmente este é um mal necessário”, vincando a necessidade de minimizar os impactos negativos que a estrutura possa ter “ e maximizar e potencializar os benefícios que possam daí advir”.

Azambuja prefere TGV junto a Alcoentre

À semelhança de outros municípios, também o concelho de Azambuja será atravessado por uma de duas alternativas ao traçado proposto para o TGV.
Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja, à semelhança de outros presidentes de Câmara da região, considera o TGV um mal necessários, mas que pode em algumas situações trazer algumas mais valias.
Dos dois traçados apresentados que agora estão em discussão publica e que atravessam o concelho de Azambuja “há um deles que é melhor que outro”.
Ramos diz preferir o traçado que passa mais perto de Alcoentre “há outro que se afasta mais, contudo parece ser este que menos impactes ambientais” mas que é, segundo Ramos os preferido por que está a fazer o estudo deste projecto.
Em declarações ao Vida Ribatejana, o presidente da Câmara de Azambuja explicou que o traçado preferido dos responsáveis pelo estudo pode trazer algumas condicionantes ao turismo no concelho. Ramos salienta que essa alternativa irá passar muito próximo de zonas que “têm um potencial turístico muito grande” salientando que o TGV é uma mais valia a nível nacional “nuca o é a nível local porque se trata de mais uma condicionante e mais uma estrutura que passa aqui pelo concelho e sem acrescentar qualquer mais valia”.
O autarca lembra entretanto que todo o traçado deste projecto “esta condicionado pelo aeroporto na Ota” por isso sustenta ser legitimo partir do principio que “se houver aeroporto na Ota, há TGV. A não haver aeroporto na Ota, se calhar aquele traçado extingue-se”

Monday, September 24, 2007

Novo mercado municipal inaugurado sábado


Joaquim Ramos inaugura no próximo sábado o novo mercado municipal da vila de Azambuja. O autarca salientou ao Vida Ribatejana a importância da obra, e lembra que a demora na sua conclusão se deveu a uma série de contratempos relacionados com os arranjos exteriores do espaço


Está marcado para o próximo sábado a inauguração do futuro Mercado Municipal de Azambuja. O assunto está a ser aguardado com alguma expectativa por parte dos azambujense, tanto mais que há muito que a obra espera para ser aberta ao público.
O novo espaço agora situado na Urbanização da Quinta dos Gatos mereceu algumas criticas por parte de comerciantes que há muito que viam o espaço concluído, e a degradar-se, sem que fosse utilizado.
Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja, confirma algum atraso devido à corrente eléctrica e a alguns reajustamentos ao nível da construção civil, mas lembra que no fim do ano passado a Câmara promoveu uma reunião pública onde a população debateu o enquadramento do edifício.
Em causa estava, não só os prédios vizinhos da estrutura, mas também o facto de toda a urbanização estar envolta em obras de requalificação o que segundo o edil também atrasou a abertura do edifício. Ramos salienta que “não ia abrir o mercado no meio de uma situação em obra, sem estacionamentos, com as calcadas por fazer. Isso tudo já está concluído”.
O projecto que foi alvo das críticas da oposição, tem agora segundo Ramos melhores condições para os comerciantes e para o público em geral. Nesse sentido o autarca desafia “para os que quiserem ver, e não para aqueles que não querem ver” o facto de se terem “criado ali uma série de lugares de estacionamento em mobilidade total com a escola e que era também um dos grandes receios das pessoas”, sendo que a nova estrutura já possui locais específicos para cargas e descargas destinadas aos comerciantes, situação que não acontecia no antigo edifício.
O novo espaço fica agora integrado numa zona que está em expansão na vila de Azambuja. Na mesma urbanização coabitam agora uma escola do primeiro ciclo, o novo centro de saúde, o mercado municipal e o complexo do Pátio do Valverde, onde para além de existirem uma série de serviços da Câmara, existe também um café-restuarante que abrirá em breve e que trará, como anteriormente, centenas de pessoas àquela zona da vila.
Para além destas estruturas, existe ainda o campo da Feira de Azambuja, onde uma vez por mês se realiza o mercado mensal, a feira de Maio e a praça de toiros que todos os anos, se enche de aficionados da festa brava.
Joaquim Ramos não quis deixar de recordar que há quatro anos atrás, o local onde hoje se encontra o novo edifício do mercado municipal, era um conjunto de três casas, sendo que duas delas nunca chegaram a estar concluídas.
Aquele foi de resto o primeiro espaço destinado a habitação social do município. No início dos anos 90, a autarquia na época presidida por João Benavente, escolheu aquele local para edificar três habitações destinadas aos desalojados de uma cheia, que tinha deixado sem casa algumas famílias que moravam perto do antigo campo do ribeiro.
Ramos salienta que aquele “era um espaço desqualificado, encostado ao pátio do Valverde numa zona nobre da vila. Hoje o espaço está totalmente requalificado” disse.

PSD - Azambuja em guerra

Os elementos da Lista b que no mês passado desistiram de participar nas eleições para a concelhia, apelaram em comunicado aos órgãos do PSD Azambuja, para que as eleições para líder do partido se realizem em Aveiras de Cima. Os subscritores do comunicado consideram que o local escolhido pode não ser o mais indicado dado que é propriedade de um apoiante de Marques Mendes


António Jorge Lopes e Jorge Fazendas, pagaram das suas contas bancárias as quotas 33 militantes, e o partido considero que tal pagamento “em massa” não podia ser aceite.
Desde aí, os militantes e proponentes da Lista B, têm efectuado algumas diligências para resolver a situação que consideram “injusta” alegando que os militantes a quem pagaram as quotas o tinham autorizado, e em muitos dos casos pagaram mesmos as quotizações, mas a Jorge Lopes e Fazendas.
O Vida Ribatejana sabe que seis desses 33 militantes já têm a situação resolvida. Já pagaram as quotas das suas próprias contas bancárias, e já poderão votar no dia 28 para o líder nacional do PSD. Os responsáveis pela então lista B, referiram também que os restantes militantes, também terão em breve a situação regularizada e que a nacional do PSD já devolveu o dinheiro adiantado por Lopes e Fazendas.
Com as eleições para a nacional à porta, voltam algumas das reivindicações feitas aquando as eleições para a concelhia.
Num comunicado enviado à comunicação social são levantadas de novo dúvidas quanto à imparcialidade destas eleições.
Jorge Fazendas que assina o documento salienta que “António José Matos, ultimamente tem convocado e realizado as eleições na sua própria casa de habitação, o que põe em causa o normal funcionamento de qualquer Assembleia Eleitoral, a transparência e imparcialidade das respectivas eleições, bem como a garantia efectiva da pluralidade de opiniões”.
Por outro lado o militante, que em conjunto com Jorge Lopes é apoiante da candidatura de Menezes à liderança do partido lembra que Matos é o presidente da Mesa da Assembleia do PSD/ Azambuja “ e deverá integrar a comissão de honra do Dr. Marques Mendes, pelo que, desde já, devem ser criadas todas as condições para a realização de eleições sérias e justas na Secção de Azambuja do PSD”.
Nesse sentido, e argumentando que o município de Azambuja é um concelho grande e disperso, defende a realização das próximas eleições na Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, pelo que já foi dado conhecimento disso ao presidente da mesa, através de “abaixo-assinado subscrito por 50 militantes do PSD/Azambuja”.

Comissão politica não comenta


Em declarações ao Vida Ribatejana, Luis Leandro presidente da concelhia do PSD, diz não comentar as declarações de Jorge Fazendas.
Leandro vinca que tal acção “serve apenas os interesses dos nossos adversários e, nomeadamente, do Partido Socialista”.
Contudo o presidente da concelhia considera que existem “meias-verdades” no comunicado assinado por Jorge Fazendas.
Desde logo lembra que os est6atudos do PSD referem que “um décimo dos militantes pode requerer a convocação de uma Assembleia extraordinária”, acrescentando que “compete ao presidente da Mesa efectuar as convocatórias, designando data, hora e local das reuniões”.
Quanto ás próximas eleições, para líder do PSD, Luis Leandro salienta que no caso da “a eleição do presidente do PSD e dos delegados ao Congresso, a data e hora foi estipulada já, conforme o regulamento aprovado pelo Conselho Nacional. Aos presidentes das mesas das assembleias competirá apenas designar o local”
Leandro ataca ainda Jorge Lopes, lembrando que foi este que encerrou a sede do partido onde se realizavam todos os actos eleitorais, lembrando que a falta de um espaço levou a que os actos eleitorais e assembleias se realizassem numa tertúlia propriedade de Antonio José Matos, vereador e presidente da mesa da assembleia.

As viagens do Zambujinho


Os alunos dos agrupamentos das escolas do concelho de Azambuja vão ter a hipótese de a partir de 15 de Outubro descobrir o património local. O projecto “Viagens do Zambujinho” promete nove rotas em todas as freguesias destinadas ás crianças do primeiro ciclo.

O sector da educação da Câmara Municipal de Azambuja quer promover o património do concelho junto das escolas.
Nesse sentido, a autarquia vai colocar em prática uma série de iniciativas, que têm como objectivo dar a conhecer as potencialidades do município.
Marco Leal vereador da educação da autarquia azambujense salienta que depois de uma análise aos projectos educativos dos vários agrupamentos escolares “foi detectada alguma dispersão ao nível dos planos de actividade”.
Na maioria dos casos, refere o vereador “eram utilizados recursos fora do município, quando já há coisas aqui que podem ser aproveitadas”.
As visitas a outros locais do país, são para o vereador importantes, contudo atribui também uma importância significativa aos recursos concelhios e ao património local.
Contudo a autarquia já testou este modelo com as férias desportivas. Leal argumenta que enquanto na maioria dos concelhos limítrofes as ferias desportivas dedicadas aos jovens. Realizam-se num determinado local fixo, no município de Azambuja “houve a preocupação de descentralizar porque tínhamos a noção, por exemplo, que muitas das crianças de Azambuja nunca tinham ido a Vila Nova de São Pedro”. O projecto correu bem, e embora não tenha sido uma rampa de lançamento acabou por servir também para em certa medida monitorizar algumas ideias.
Foi nesse sentido que os responsáveis da autarquia idealizaram “As viagens do Zambujinho”. Um projecto que tem como principal alvo as crianças do primeiro ciclo e que vai decorrer até ao próximo ano, todas as segundas-feiras.
Ao todo serão nove, as rotas que as escolas poderão visitar. A iniciativa vai arrancar no próximo dia 15 de Outubro e englobará as nove freguesias do município.
Paulo Louro Chefe de divisão de educação e juventude da Câmara Municipal de Azambuja, explicou ao Vida Ribatejana que a norte do concelho as Freguesias de Maçussa e Vila Nova de São Pedro estão agrupadas numa única rota “que será a Rota dos Moinhos”. Já na freguesia de Azambuja existirão duas alternativas. Uma rota dedicada a um percurso mais rural e outra mais urbano, que culminará numa sessão de Câmara “onde as crianças poderão mesmo intervir no período destinado ao público”
Das restantes freguesias destaca-se a Rota do Alto Concelho em Alcoentre, em que o objectivo é tentar dar a conheceras diferenças entre o alto e o baixo concelho de Azambuja. Em Aveiras de Baixo será implantada uma rota dedicada ao conhecimento do ambiente. Em Aveiras de Cima, o projecto terá como alvo o vinho, produto característico daquela freguesia.
Em Manique do Intendente a autarquia quer dar a conhecer o património local através da “Rota de Pina Manique”. Vale do Paraíso terá a “Rota dos Sentidos” e em Vila Nova da Rainha, será implantada a “Rota da Industria”.
A calendarização destas iniciativas já está feita “ e já foi comunicada as escolas” salienta Paulo Ouro “cabe agora ás escolas fazer a selecção das turmas que participam”.
A calendarização escolhida pela autarquia não permite nesta primeira fase que todas as turmas do primeiro ciclo tenham acesso a esta iniciativa este ano lectivo. Paulo Ouro realça que as iniciativas devem correr com tranquilidade, daí que se opte por não ter mais de uma ou duas turmas de cada vez. Ainda assim, em caso de sucesso as “Viagens do Zambujinho” poderão ser realizadas mais do que um dia por semana.
A autarquia lembra que a este projecto estão inerentes, alguns aspectos complicados de logística. Como são os casos dos transportes, materiais didácticos que a Câmara se compromete a assegurar.
Por enquanto apenas foi apresentado um ante-projecto junto do executivo municipal, até porque ainda estão a ser feitos alguns contactos com empresas particulares do concelho de Azambuja. Até à data segundo os responsáveis, as respostas dos empresários estão acima das expectativas, pelo que os alunos que integrarem as “Viagens do Zambujinho” e consequentemente as diferentes rotas estipuladas pela Câmara, terão certamente um dia diferente fora das salas de aula.