Wednesday, September 26, 2007

ALENQUER E AZAMBUJA APOIAM TGV

As câmaras de Alenquer e Azambuja aguardam com algumas expectativa para o anúncio final para a construção do futuro aeroporto internacional de Ota. Em causa está o traçado do TGV que está agora em discussão pública, mas que poderá, segundo o presidente da Câmara de Azambuja, estar condicionado à estrutura aeroportuária.



Jorge Riso vice-presidente da Câmara Municipal de Alenquer considera que o impacto do TGV (Comboio de Alta Velocidade) pouco ou nada irá alterar a vida do concelho.
Numa altura em que o estudo de impacte ambiental está em discussão pública, o vereador alenquerense salienta este como um sinal do progresso que o município de Alenquer terá de viver nos próximos anos, a par com as restrições para a construção do aeroporto na Ota.
Em declarações ao Vida Ribatejana, Jorge Riso salienta que “este estudo não nos trás, a nós que já os esperávamos, grandes novidades. Sabemos que este traçado como qualquer outro que cruzasse o concelho teria de facto alguns impactos. Quer no âmbito da paisagem ou do desenvolvimento do concelho através das servidões que vai implicar”.
O vereador considera por isso que este tipo de impactos já esperados no município de Alenquer “são próprios de uma obra desta envergadura”, argumentando que o impacto que será sentido, será quase um mal necessários dado “que é em prol de uma obra de interesse público”.
Salvaguardando as devidas diferenças com o impacto da construção do aeroporto em Ota, Jorge Riso vinca que a construção do troço do TGV, terá “um impacto muito inferior, na minha opinião pessoal, face ao impacto do aeroporto”.
Riso vinca que o traçado escolhido pelos técnicos “tanto quanto sei, não interessa nem deixa de interessar ao concelho. Já esperávamos que acontecesse. Podia ser mais para ou lado ou outro, mas nunca poderia fugir daquela porção deste concelho” explicando que tal “não ocupa só o nosso território” destacando que o projecto tem início fora do concelho de Alenquer.
Jorge Riso destaca também que este projecto trará para Alenquer e concelhos limítrofes, um impacto considerável ao nível das acessibilidades. Para o vereador este traçado “ quer uma infra-estrutura ou outra (Ota ou TGV), que são de interesse nacional para o desenvolvimento do país. E não é será o concelho de Alenquer que irá objectar para que esse interesse seja colocado em causa, como se diria mais vulgarmente este é um mal necessário”, vincando a necessidade de minimizar os impactos negativos que a estrutura possa ter “ e maximizar e potencializar os benefícios que possam daí advir”.

Azambuja prefere TGV junto a Alcoentre

À semelhança de outros municípios, também o concelho de Azambuja será atravessado por uma de duas alternativas ao traçado proposto para o TGV.
Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja, à semelhança de outros presidentes de Câmara da região, considera o TGV um mal necessários, mas que pode em algumas situações trazer algumas mais valias.
Dos dois traçados apresentados que agora estão em discussão publica e que atravessam o concelho de Azambuja “há um deles que é melhor que outro”.
Ramos diz preferir o traçado que passa mais perto de Alcoentre “há outro que se afasta mais, contudo parece ser este que menos impactes ambientais” mas que é, segundo Ramos os preferido por que está a fazer o estudo deste projecto.
Em declarações ao Vida Ribatejana, o presidente da Câmara de Azambuja explicou que o traçado preferido dos responsáveis pelo estudo pode trazer algumas condicionantes ao turismo no concelho. Ramos salienta que essa alternativa irá passar muito próximo de zonas que “têm um potencial turístico muito grande” salientando que o TGV é uma mais valia a nível nacional “nuca o é a nível local porque se trata de mais uma condicionante e mais uma estrutura que passa aqui pelo concelho e sem acrescentar qualquer mais valia”.
O autarca lembra entretanto que todo o traçado deste projecto “esta condicionado pelo aeroporto na Ota” por isso sustenta ser legitimo partir do principio que “se houver aeroporto na Ota, há TGV. A não haver aeroporto na Ota, se calhar aquele traçado extingue-se”

No comments: