Tuesday, December 04, 2007

Bombeiros Azambuja fazem parto

Os bombeiros Iva e João ajudaram a nascer no passado sábado um bébé no interior da ambulância.
Este é já o terceiro parto que os voluntários de Azambuja fazem no espaço de dois anos, tendo em conta que muitas parturientes só aceitam ir para a maternidade nos últimos dias de gestação.
Passavam poucos minutos das dez da manhã, quando os bombeiros Iva Tatiana e João Covas, foram chamados para uma urgência. O serviço parecia simples. Levar uma parturiente para o hospital Reynaldo dos Santos.
Avisados que a parturiente já tinha perdido alguns líquidos, os voluntários, partiram com algumas reservas em direcção a Vila Franca de Xira. Ainda a ambulância não tinha feito dois quilómetros, já Iva Tatiana, bombeiro de terceira pedia apoio a João que conduzia a ambulância. A viatura parou então em plena nacional 3, junto à Fabrica da Sugal, e foi ali, entre muito nervoso miudinho, que ajudaram a nascer uma menina com 2,5 Kg.
Embora os voluntários de Azambuja tenham formação para estes casos. Nunca pensaram que tal lhes acontecesse. Nas aulas, o formador Francisco Graça, deu a formação teórica, e este sábado, essa teoria foi colocada em prática e com sucesso.
O parto correu bem e sem problemas, para além do nervosismo do pai da bebé, que “tivemos de colocar fora da ambulância” disse João Covas já mais descontraído ao Vida Ribatejana, argumentando que o pai ainda assim aceitou bem a situação.
Iva Tatiana, que passou pela experiência de ser mãe, disse também ao Vida Ribatejana que “foi uma sensação única. Custou-me mais fazer o parto que ter dado à luz ao meu filho”, sublinhando em conjunto com João Covas, que este será um momento inesquecível na sua vida.
Apenas como coincidência, refira-se que esta criança nasceu no mesmo local onde horas antes uma senhora de 62 anos tinha perdido a vida num acidente de viação.

POSTO da GNR de Manique pode fechar


Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja, está disposto a aceitar o encerramento do posto da GNR de Manique do Intendente. Contudo em declarações ao Vida Ribatejana, o presidente da Câmara quer garantias por parte da GNR que a segurança da população não é afectada por tal medida.
O autarca frisa que o actual posto já está “extinto há pelo menos sete anos” conforme também confirmou ao Vida Ribatejana o comandante do destacamento Pedro Ramos numa entrevista.
O edil, assegura que as conversações com as várias entidades têm sido benéficas, pois “temos conseguido manter esta espécie de posto de atendimento”.
Por outro lado o autarca admite também alguma dificuldade na manutenção daquele posto. Joaquim Ramos salienta que o posto “tem sido progressivamente esvaziando dos seus efectivos e a segurança tem sido assegurada pelo posto da GNR de Aveiras de Cima”.
Foi pela comunicação social, que Joaquim Ramos soube da decisão efectiva de encerrar aquela unidade. Nesse sentido o autarca frisa que já escreveu ao ministro da Administração Interna “a lembrar também que havia um acordo no sentido da escola primária ser oferecida para fazer um posto como deve ser”.
O presidente da Câmara, salienta entretanto que no caso da GNR querer sair do posto de Manique, “deve apresentar alternativas para garantir a segurança das populações do alto concelho”. Para o autarca não está em causa a forma de policiamento “o que para nós é fundamental é que as condições de segurança sejam mantidas”. Nesse sentido Joaquim Ramos diz que a Câmara tem de saber “o que o governo previsto para garantir as condições de segurança”:
Pedro Ramos comandante do destacamento de Alenquer onde se inclui os postos territoriais do concelho de Azambuja, disse ao Vida Ribatejana que na sua opinião era dispensável o posto da GNR de Manique do Intendente, pois os militares do posto de Aveiras de Cima, conseguiriam preencher essa lacuna. Joaquim Ramos admite essa questão como hipótese, mas vinca “não sou perito em segurança para saber se se justifica a manutenção do posto”.
Aliás Ramos diz mesmo que “até me interessa que o posto saia dali. Da casa da Câmara. Por isso é que tínhamos previsto, para quando a escola primária fosse desocupada, o que já aconteceu, ceder o espaço à GNR para ali mudar o posto”.
Actualmente os militares da GNR ocupam um edifício propriedade da Câmara Municipal de Azambuja na praça dos imperadores. O local é considerado de interesse cultural e arquitectónico “uma peça que nós tínhamos todo o interesse em recuperar” e prossegue “aquilo é das construções mais bonitas do concelho. E queríamos de facto dinamizar ai um centro cultural” com vista a terminar o circuito cultural do concelho, numa altura em que só falta mesmo aquele edifício.
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Guerra de comunicados em Aveiras de Cima

O presidente da junta de Freguesia de Aveiras de Cima apelou à população para reclamar junto da Câmara Municipal de Azambuja o não pagamento da taxa de saneamento. O autarca refugia-se numa declaração do presidente da Câmara, em que este defendeu que quem não for servido por uma ETAR, não paga a taxa.



Justino Oliveira presidente da junta de freguesia de Aveiras de cima, incentivou os habitantes da freguesia a reclamarem junto da Câmara municipal de Azambuja. Em causa está o pagamento das taxas de saneamento, mesmo por quem não está ligado à ETAR.
Oliveira sustenta que foi o próprio presidente da Câmara a referir que os munícipes que cuja conduta não esteja ligada à ETAR, não devem pagar as taxas de saneamento indexadas à factura da água.
Justino Oliveira, diz em comunicado à população que ainda existem muitos munícipes que estão a pagar indevidamente a referida taxa. Ao Vida Ribatejana o presidente da junta reiterou, as criticas ao executivo socialista lembrando também que “ainda existem muita gente que está ligada a uma rede velha que está a despejar directamente para o rio, porque é uma rede muita antiga”. Neste sentido Justino Oliveira apelou já à população para que reclame junto dos serviços camarários.
Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja já disse ao Vida Ribatejana que a sua palavra se mantém. O autarca sublinha que não possível saber na totalidade quem está ou não ligado à ETAR, sustentando que a rede velha não tem cadastro nos serviços. Assim e segundo o presidente da autarquia, os munícipes que não estiverem ligados a uma rede com ligação à ETAR, devem contactar os serviços.
Quanto aos reclamantes, Joaquim Ramos vinca que não tem conhecimento de quantos já pediram a suspensão da taxa.
O autarca diz ainda estranhar o lançamento deste comunicado por parte do autarca de Aveiras de Cima “não estava habituado a que o senhor presidente da junta de freguesia de Aveiras de cima, tivesse este tipo de atitude face à Câmara”.
Joaquim Ramos sustenta que “sejamos de forças politicas diferentes”as relações entre as autarquias são boas, e que estes assuntos têm sido abordados mais do que uma vez, quer a título informal, como formal.
Joaquim Ramos admite existir “um problema real e muito grande, relativo ao saneamento em Aveiras de Cima” contudo o autarca defende-se argumentando com o investimento que tem sido feito nos últimos anos “no sentido de tentar sanear este tipo de situações”. Ainda assim Ramos admite que ainda existem “outro tipo de situações par resolver”.
Uma delas está relacionada com os maus cheiros na rua Almeida Grandella. A principal rua da vila foi intervencionada há cerca de cinco anos, contudo os problemas ainda subsistem.
Justino Oliveira, está descontente com a forma de como a Câmara tem conduzido o processo para resolver algumas das lacunas deixadas pela empresa que procedeu à obra da rua. Desde logo, o autarca de Aveiras de Cima, vinca que os comerciantes e a população em geral tem-se queixado dos maus cheiros, que são cada vez mais frequente.
Justino refere também que a situação está relacionada com o facto do empreiteiro ter ligado os esgotos domésticos ás águas pluviais, o que contribui para o descontentamento da população.
Segundo Justino Oliveira refere entretanto que a pressa do empreiteiro em acabar a obra esteve na origem do problema, ainda assim sustenta que “eu até percebia isso se eles fizessem uma empreitada para resolver o problema de raiz. O que não aconteceu, nem tenho conhecimento de quaisquer intenções para resolver o problema para o próximo ano. E é isto que não perdoa à Câmara municipal”.
Joaquim Ramos diz por seu lado que os maus cheiros não estão relacionados com a empreitada na rua Almeida Grandella. O autarca diz não ter dados técnicos para avalizar essa informação. Mas por outro lado referiu ao Vida Ribatejana que “existiu uma rende antiga de águas pluviais. E existirão algumas ligações de esgotos que foram feitos pelos próprios moradores a essa rede antiga” vincando que não será responsabilidade da empresa o facto das redes de saneamento e de águas pluviais estarem misturadas.

Comunicado gera comunicados polémicos

Face ás acusações do presidente da Junta, a Câmara Municipal de Azambuja colocou também um comunicado nas ruas de Aveiras de Cima.
No documento Joaquim Ramos reitera as criticas que anteriormente já tinha denunciado ao nosso jornal, destacando “denúncia” o titulo dado ao comunicado pela junta de freguesia é “infeliz” vincando que o assunto já não é novo e que tem vindo a ser discutiudo entre as entidades nos últimos meses. A esse propósito, o presidente da Câmara acusa Justino Oliveira de fingir “ter descoberto agora os problemas, cuja resolução anda a debater com o vice-presidente e técnicos da Câmara”.
Nesse sentido a autarquia acusa ainda o presidente da junta de aproveitamento politico da situação, quando classifica o comunicado com o titulo “denuncia” como “uma jogada de antecipação, para dizer que a Câmara só actuou porque ele denunciou”
Ramos vinca também a “relação de respeito mútuo” que são independentes “de diferenças partidárias”.
Tal posição de Joaquim Ramos levou a junta de freguesia a editar um novo comunicado à população.
Justino Oliveira salienta que o comunicado da autarquia “não respondeu nada” salientando que não foi explicada a razão de “existem maus cheiros na rua Almeida Grandella há 5 nem porque razão ainda não foram eliminados”.
Ainda face ao comunicado Justino Oliveira destaca que Joaquim Ramos “nada respondeu quanto à ordem de cobrança das taxas de saneamento, após ter declarado publicamente que as mesmas não eram devidas”.
O presidente da junta assegura que descobriu agora os maus cheiros ma “a razão de ser dos maus cheiros, isto é, ligação indevida da rede de esgotos à rede de águas pluviais”, lembrando a necessidade da resolução “de um problema velho. A ultima acção junto do Senhor Vice-Presidente foi feita há cerca de 2 meses, quando lhe mostrou o local onde estão a fazer as descargas dos esgotos no rio”
Por outro lado o presidente da junta assegura que a autarquia “nunca nos informou oficialmente da existência de qualquer projecto, da forma como vai ser resolvido o problema, nem quando o vai fazer” acrescentando que “nunca nos sentamos à mesa para debater seriamente o assunto”.
Justino Oliveira lembra entretanto que o problema está pendente há cinco anos, e isso deu à junta de freguesia de Aveiras de Cima “direito de emitirmos um comunicado nos termos em que o fizemos. É nosso dever informar a população, sob pena de sermos acusado de fazer o jogo deles “. Por último, o autarca de Aveiras de Cima diz estar disposto, à semelhança do presidente da Câmara em encerrar o assunto, mas para isso Joaquim Ramos deve “cumprir o seu anúncio de que não voltará a pronunciar-se sobre o assunto”.