Wednesday, August 30, 2006

Fogo queima oito hectares


Os bombeiros de Azambuja consideram que até ao momento não têm existido fogos de grandes proporções no município, o que atribuem ás limpezas, feitas pelos proprietários, a um plano elaborado pela autarquia, de limpeza e abertura de caminhos.

Os bombeiros de Azambuja combateram na passada quarta-feira um incêndio florestal, que terá sido, segundo apuramos, o maior registado até agora no concelho de Azambuja. O sinistro terá começado junto a umas casas perto da quinta da mata, mas depressa se alastrou, devido ao vento, ás matas circundantes tendo queimado cerca de oito hectares.
Os voluntários de Azambuja tiveram a ajuda dos vizinhos de Alenquer e Alcoentre, bem como uma coluna que estava estacionada no Cadaval, de prevenção aos incêndios na área norte do distrito de Lisboa.
Ao todo combateram este incêndio 58 bombeiros, auxiliados por 19 viaturas e um helicóptero. Quanto ás causas deste incêndio, Pedro Cardoso comandante dos voluntários de Azambuja, não quis confirmar a teoria dos populares.
Ouvidos pelo Vida Ribatejana alguns moradores sublinha que na origem do fogo estiveram algumas descargas de um cabo de energia da EDP, que supostamente terão libertado algumas faíscas, junto a umas casas (ver caixa)
Contudo e mesmo com este incêndio, Pedro Cardoso considera que Azambuja ficou para já fora da rota dos grandes fogos.
Para tal e segundo o operacional, o trabalho feito ao longo de todo o ano, pelo gabinete de protecção civil municipal, foi decisivo para que o flagelo dos grandes fogos não assolasse o município.
O plano de combate aos incêndios elaborado pelos técnicos da Câmara tem dado os seus frutos. O documento colocado ao serviço no ano passado, dá conta das necessidades básicas para combater um fogo, e alerta entre outras coisas, para pontos de água para reabastecimento, ou noutros casos para a abertura de caminhos, que durante o ano foram sendo abertos, todavia o operacional sustenta que ainda não foi preciso colocar em prática o plano de emergência
Embora o balanço seja positivo, existiram situações que o comandante dos bombeiros de Azambuja considera fora do normal.
É o caso de um fogo que deflagrou na zona da Quinta da Marquesa, que segundo o operacional não deixa muita margem para duvidar da existência de mão criminosa.
De acordo com o operacional o fogo em questão “Deflagrou dois sábados seguidos e à mesma hora” e em locais distintos, bem distantes entre si.
Pedro Cardoso refere que estes fogos dão a ideia que “seriam para que os nossos meios fossem divididos, por isso suspeitamos, não podemos afirmar com rigor, mas suspeitamos que terá a ver com mão criminosa”, lembrando que os incêndios eclodiram em sítios afastados e distintos, numa tarde de vento para que o desenvolvimento do fogo fosse mais rápido” disse.
Há ainda no concelho algumas zonas bastante sensíveis aos fogos. É o caso, por exemplo, da Mata Nacional das Virtudes, cujo responsável é o estado, mas que não tem sido um bom exemplo no que toca à limpeza. Alias esta mata tem sido alvo da preocupação dos bombeiros e autarquia, que por mais de uma vez alertaram as entidades competentes para a necessidade da sua limpeza.
Desta vez, diz Pedro Cardoso, a Mata está melhor cuidada, sublinhando que “a Mata Nacional das Virtudes Melhorou bastante nestes últimos meses” e salientou que o “Foco de incêndio que ocorreu na quinta da marquesa ainda entrou em terrenos da mata “despertou os responsáveis para continuarem a fazer a limpeza, e os aceiros”.

Bombeiros de Azambuja distribuem machados

A empresa AUCHAN com sede em Azambuja, ofereceu recentemente cerca de 1500 machados aos bombeiros de Azambuja.
Pedro Cardoso, comandante dos bombeiros agradeceu a oferta, até porque faz sempre falta para o combate ao fogo, mas decidiu distribuir a oferta pelos corpos de bombeiros do distrito de Lisboa, e aos grupos de escuteiros de Aveiras de Cima.
Segundo o operacional, este equipamento “é leve e acompanha as mochilas que os bombeiros agora usam, e que levam para os fogos florestais”, sublinhando que a utilidade destes machados, pode ser importante num fogo florestal.

Fogo mobiliza 58 operacionais

Ainda está por apurar, qual a causa do incêndio que consumiu cerca de oito hectares de mato na passada quarta-feira em Azambuja.
O alarme foi dado para os bombeiros perto das três da tarde, tendo os soldados da paz se deslocado de imediato para a quinta da mata. Contudo o forte vento que se fazia sentir, obrigou ao pedido de reforços.
De imediato avançaram para o terreno os bombeiros de Alenquer e Alcoentre, e pouco tempo depois, também uma coluna de bombeiros, que estava destacada no Cadaval, se juntou aos colegas.
Com o auxílio de um helicóptero, os bombeiros conseguiram circunscrever o incêndio em menos de três horas, todavia isso não impediu que existisse algum pânico junto de alguns populares que viram as chamas a rondas as suas habitações.
No terreno estiveram 58 homens, apoiados por 19 viaturas e um helicóptero, que foi crucial para o combate a este incêndio, que ainda não tem causas apuradas.
Um popular referiu ao Vida Ribatejana que terá visto como tudo começou “ali em baixo junto à casa da minha tia, os fios da electricidade começaram a estalar, e logo depois começou o incêndio que veio porá ai a cima até à estrada”. Esta é aliás uma versão que no local não foi confirmada por Pedro Cardoso comandante dos bombeiros. O operacional foi mais cauteloso nas palavras e embora tenha registado a versão dos populares preferiu não avançar referindo que “isso tem a ver com as pessoas responsáveis pela investigação, e com certeza que vão fazer o trabalho deles”, o caso está agora entregue à policia judiciaria.
Este foi aliás um dos maiores incêndios do ano, todavia ainda longe dos fogos de 2003 e 2004, que queimaram centenas de hectares em Aveiras de Baixo, Espinheira e Quebradas.
Ainda assim foi o suficiente para que alguns populares receassem que as suas casas fossem engolidas pelas chamas, já que tanto na Quinta da Mata, como nas imediações dos Casais dos Quatro Olhos, fogo passou a escassos metros das casas, que estiveram sempre defendidas pelos bombeiros. Contudo os voluntários não conseguiram evitar que um anexo ardesse por completo. Por sorte a casa estava desabitada.

1 comment:

julio cezar dias said...

Se foi um acidente eletrico, porque motivo alem de ser feita vistorias periodicas nas redes, pelas autoridades; nao e feito o isolamento, total destas areas, com reforço na segurança.