Thursday, October 19, 2006

Centro de Saúde ganha estacionamento

A Câmara Municipal de Azambuja prepara-se para pagar cerca de 120 mil euros aos proprietários de dois terrenos junto ao centro de saúde local, o espaço foi considerado de interesse publico e deverá servir para a construção de um parque de estacionamento de apoio à unidade hospitalar


A Câmara Municipal de Azambuja aprovou em reunião do executivo a expropriação de dois terrenos junto futuro centro de saúde local.
A proposta apresentada pelo executivo socialista, tem por base uma intenção antiga que visa a criação de parques de estacionamento junto ao edifício, que actualmente não tem possibilidade de qualquer tipo de parqueamento.
Com a construção deste parque, serão conseguidos 26 lugares, e a unidade irá ganhar dois novos acessos, um junto ao quartel de bombeiros e o outro nas traseiras do centro.
Pese embora o facto desta intenção da Câmara já não ser de hoje a oposição na autarquia insurgiu-se contra a ideia da expropriação. Tanto o PSD como a CDU consideram que as verbas que serão gastas para pagar a expropriação, não têm justificação. No caso da CDU, Antonio Nobre salientou o facto do novo edifício não ter as urgências em funcionamento “por isso acho que não se devia gastar estas verbas que são significativas”.
O PSD segue a mesma linha de pensamento, sendo que António José Matos criticou a localização do edifício.
O vereador laranja sublinhou que houve neste processo uma notável “incompetência de quem escolheu este terreno” que terá sido adquirido num dos primeiros mandatos de João Benavente.
Luis de Sousa, que presidiu à reunião, devido à ausência de Joaquim Ramos, vincou que quando chegou à autarquia “já o processo estava em marcha. E na altura tive uma reunião com o senhor (Antonio José Matos) e verificamos que nada já havia a fazer porque o processo estava muito adiantado na ARS” concluiu.
Segundo apurou o Vida Ribatejana, os terrenos foram avaliados por um perito a pedido da autarquia. Um dos terrenos foi valorizado em cerca de quarenta e dois mil euros. O outro em quase setenta e dois mil euros. Neste último caso o proprietário chegou a pedir à Câmara mais de 200 mil euros, segundo uma fonte da autarquia.
Desde que este processo começou a correr, Joaquim Ramos tem vindo a público refereir que as negociações com os proprietários têm sido difíceis. Apenas num caso, a edilidade conseguiu chegar a acordo, ou outros dois têm agora valores atribuídos, mas vão seguir para tribunal, para determinar o preço final. Até porque os expropriados, segundo a edilidade que não revelou a sua identidade, recusam-se a aceitar as propostas da Câmara.
A proposta foi aprovada pela maioria socialista, mas com o voto contra da CDU. O PSD absteve-se.

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