Thursday, October 19, 2006

Esgotos entopem devido á Feira de Maio


As fortes chuvas que se fizeram sentir nos últimos dias entupiram alguns esgotos de Azambuja, o caso passou-se na Rua Engenheiro Moniz da Maia, cujo saneamento não tem ainda dois anos


Um troço da Rua Engenheiro Moniz da Maia, à frente do edifício da Câmara Municipal de Azambuja, esteve cortado ao trânsito uma boa parte da manhã de quinta-feira.
A situação ficou a dever-se ao entupimento do sistema de esgotos e escoamento de águas pluviais daquela via, sendo que a sua reparação obrigou ao encerramento da via.
Segundo apuramos, as fortes chuvadas dos últimos dias, terão estado na origem desta situação. Contudo um funcionário da autarquia, disse ao Vida Ribatejana que o problema também estava relacionado com as areias da Feira de Maio.
Aparentemente, e segundo a mesma fonte, os semidouros instalados na rua principal da vila, poderão não ter sido tapados convenientemente.
Como se sabe a rua principal da vila, é coberta todos os anos por areia. Com vista à realização das esperas de toiros, areia essa que terá entrado através dos semidouros. As fortes chuvadas empurraram os vários detritos e areias através da rede de saneamento, o que veio a originar congestionamento nas tubagens.
Luis de Sousa, vice-presidente da autarquia azambujense, confirmou os factos ao Vida Ribatejana, reforçando a ideia que as chuvadas dos últimos dias terão contribuído para o agravar da situação.
A autarquia não teve outro remédio, senão chamar uma empresa para desentupir o sistema. Segundo um funcionário da empresa “a situação estava feia. Há muito lixo” disse.
Contudo aquela artéria não tem tido uma vida pacífica nos últimos dias. É que mais à frente da autarquia, os funcionários têm tentado em vão descobrir o porquê de um abatimento do pavimento (empedrado) sempre que chove muito.
Nos últimos dias, o pavimento em frente à rua da estação voltou a ceder “o que acontece desde que arranjaram a rua. Isto está cada vez pior” confidenciou um comerciante ao Vida Ribatejana.
Segundo um funcionário da autarquia, tal situação tem acontecido, porque alegadamente “o empreiteiro que fez a obra, não ligou à rede as águas pluviais”, o que fazia com que a água se espalhasse por baixo do piso e o fizesse ceder.

Vida difícil para as novas ruas Moniz da Maia e Victor Cordon

Assim que chegou à Câmara, o actual presidente Joaquim Ramos, quis levar avante a requalificação no núcleo central de Azambuja e zonas históricas.
O autarca tinha como objectivo dar “dignidade à vila” tornando-a mais bonita e moderna. Para levar a bom termo esse projecto, Ramos mudou de sitio as oficinas municipais, construiu um jardim público e recuperou as ruas principais da vila, aproveitando a intervenção para recuperar a rede de águas e saneamento, através de novas tubagens e canalizações.
Mas o obra desta rua, não seria feita de uma vez só.
O primeiro troço foi até ao largo da câmara, e parou ali por causa da realização da feira de Maio de 2005, que muitos pensavam perdida.
A segunda fase, englobou o resto da artéria até à saída norte da vila.
Contudo, depois de pronta a escassos dias antes das eleições autárquicas, a rua viria a sofrer novas obras. A requalificação tinha aparentemente corrido bem, mas houve sítios onde o “assentamento” do empedrado ficou aquém do desejável e em alguns pontos, a rua que agora era empedrada e não alcatroada, voltava a ceder.
A Câmara optou por recorrer à garantia da obra. A empresa voltou a “mexer” na artéria, mas desta vez à sua conta, o que veio a resolver os problemas até ali detectados, com a excepção do abatimento em frente à rua da estação.
Mas as obras de requalificação de Azambuja não vão ficar só por estas ruas. Em marcha já esta a rotunda nascente da vila, bem como a construção de vários estacionamentos junto à sala de espectáculos da vila, o celeiro da EPAC.
Posteriormente, irão avançar as obras de requalificação da Rua dos Campinos, que se prolongará até ao campo da feira.

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