Thursday, February 01, 2007

Junta de Aveiras contra privatização dos CTT na freguesia


Pela segunda vez consecutiva a Junta de Freguesia de Aveiras de Cima está a promover um abaixo-assinado contra a privatização da estação de correios local. O presidente da Junta disse ao Vida Ribatejana que tal concessão vai levar à perda de alguns serviços postais naquele posto, o que não se coaduna com o desenvolvimento previsto para a freguesia.

A Junta de Freguesia de Aveiras de Cima, está a promover um abaixo-assinado contra a entrega a privados da estação de correios da localidade. Já é o segundo abaixo-assinado que promove sobre este assunto. O primeiro decorreu há três anos, e resultou da primeira tentativa dos CTT em entregar a exploração da estação a um dos funcionários, que nunca chegou a ficar com a gestão do espaço.
Três anos volvidos, Justino Oliveira voltou à luta contra a entrega a privados do espaço. O presidente da Junta de Freguesia, assume-se mais uma vez contra esta medida dos CTT, alegando que se a estação de correios de Aveiras de Cima foi entregue a privados, irá ser despromovida apenas a posto de atendimento, perdendo alguns dos serviços que agora presta.
Justino Lembra que a freguesia de Aveiras de Cima tem aproximadamente cinco mil habitantes “vai ficar diminuída aos serviços inerente a uma estação” acrescentando que tal situação vai obrigar os fregueses a deslocarem-se a Azambuja ou ao Cartaxo.
.O autarca esclarece ainda, que foi a administração dos CTT que através de ofício, pediu à junta “que indicasse alguém para ficar com o espaço” e adianta que a edilidade voltou a discordar e já fizemos um comunicado público” e o abaixo assinado será enviado à administração dos correios”.
Nesse sentido Justino Oliveira lembra que “o serviço postal deve ser garantido. Está escrito na constituição”.
O autarca de Aveiras de Cima, diz ter conhecimento de casos em que “algumas pessoas tiveram de entregar de novo a estação aos CTT dado que não era rentável e não conseguiam tirar o ordenado”.
Outra das razoe que levam Justino Oliveira a estar contra esta medida prende-se com o facto dos CTT permitirem que pessoas que nada têm a ver com este serviço, possam assumir o posto de correios. O autarca exemplifica mesmo a situação de um comerciante ligado a uma mercearia, poder ficar à frente da estação, o que na sua opinião diminuindo a qualidade do serviço. Contudo o que Justino considera grave, é a perda da privacidade. Sendo, por exemplo Aveiras de Cima, um meio pequeno, o autarca teme que a correspondência que “passará por muitas mais mãos, seja motivo de conversas, e o próprio cidadão acaba por ser controlado por esta via” destacando por exemplo que a correspondência mais privada, será alvo de falta de privacidade.
O edil considera também esta decisão dos CTT descabida, tendo em conta o desenvolvimento previsto para a freguesia. No seu entender, não se coaduna esta “despromoção” e consecutiva perda de serviços, com a vinda do Aeroporto de Ota e a implantação do projecto Nova Aveiras, previsto para a freguesia.
Na mesma situação está a estação dos correios de Alcoentre. Segundo apurou o Vida Ribatejana, a junta local tem feito algumas reuniões com a administração dos CTT, no sentido de tentar evitar a sua concessão a privados. Neste caso, também há três anos, foi feita a primeira tentativa, que até à data não foi consumada.

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