Saturday, March 17, 2007

População exige centro de saúde aberto mais horas


No próximo dia 21 a população da freguesia do Carregado promete não arredar o pé da rua em frente à extensão do centro de saúde. Em causa estão as reivindicações por melhores condições de tratamento, numa freguesia que tem perto de 3500 utentes sem medico de família

A comissão de utentes da extensão de saúde do Carregado, vai promover no próximo dia 21, uma vigília nocturna e um abaixo-assinado junto ao edifício, para reivindicar mais condições de segurança e mais clínicos.
A decisão saiu de uma reunião com a população do Carregado na passada sexta-feira na junta de freguesia e dá conta da “insatisfação da população” segundo o vereador com o pelouro da saúde. José Manuel Catarino
A reivindicação já não é nova, e depois de uma carta, entretanto sem resposta, a pedir à ARS algumas alterações ao funcionamento daquela unidade, os utentes resolveram agir.
Recentemente numa sessão de Câmara extraordinária pela autarquia, alguns dos utentes queixaram-se da falta de condições daquela unidade. Mas sobretudo da falta de médicos e do horário de atendimento ao publico.
Na carta enviada à ARS, pedem a abertura das portas mais cedo, uma vez que são frequentes as filas de espera, a altas horas da madrugada, sobretudo de idosos, que têm de permanecer ao frio até que o segurança abra as portas ás oito da manhã.
O vereador lembra que o local só tem segurança durante o período de funcionamento, e reclama o alargamento da segurança e do funcionamento do centro 24 horas por dia.
Por outro lado, os utentes exigem mais clínicos, já que na freguesia existem perto de 3500 pessoas sem médico de família.
Para além disso, lembra que aquela é uma freguesia em crescimento, faz com que o vereador reivindique o alargamento do horário.
Outra das revindicações, passava pela utilização do hall do edifício, para que os utentes não tivessem de esperar na rua. Neste caso também não houve resposta, mas se por um lado Álvaro Pedro admitiu que a autarquia poderia eventualmente destacar um funcionário para assegurar a segurança do edifício, José Manuel Catarino é mais reservado, limitando-se a dizer que “essa é uma competência do poder central, e a câmara não se pode substituir ao estado”
José Manuel Catarino, responsável pelo pelouro da saúde da Câmara Municipal de Alenquer, considera entretanto que esta situação já está a prejudicar a vida aos utentes. Em declarações ao Vida Ribatejana, o vereador sustenta que as populações estão no seu direito de exigir melhores condições de saúde, e avança que a autarquia está determinada em permanecer ao lado dos utentes.
O vereador sublinha que a carta, onde eram feitos alguns pedidos à ARS de Lisboa, terá seguido logo após a reunião de Câmara extraordinária, e que até ao momento a Administração Regional de Saúde ainda não respondeu.


MAR

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