Monday, April 09, 2007

Planos de emergência preocupam bombeiros


O serviço municipal de protecção civil de Azambuja esteve reunido pela primeira vez na passada semana, desde que José Manuel Pratas assumiu a responsabilidade daquele pelouro. Os técnicos municipais e as diversas entidades que compõem o serviço, trocaram experiências, dúvidas e aproveitaram o momento conhecer alguma legislação recentemente aprovada, naquele sector.

A implantação dos planos de emergência das escolas do concelho de Azambuja foi um dos assuntos abordados passou pela colocação em prática dos plenos de emergência das escolas do município. Uma situação considerada importante por todos os intervenientes, mas cuja implantação, responsabilidade das escolas, ainda está atrasada.
Em todo o processo, apenas a escola secundária de Azambuja, tem um plano de emergência devidamente homologado pelo serviço nacional de protecção civil, mas há dois anos que o estabelecimento de ensino não realiza qualquer simulacro, a fim de testar todo o plano.
Segundo Pedro Cardoso, coordenador da protecção civil municipal, os restantes estabelecimentos de ensino, já têm em elaboração os planos, contudo o operacional lamenta a falta de adesão a uma reunião feita há dois anos, e cujo objectivo passava por esclarecer as escolas sobre o assunto.
Pedro Cardoso, diz no entanto que a protecção civil municipal está à disposição dos professores e dos agrupamentos para colaborar. O serviço fornece todas as ferramentas necessárias para a elaboração dos planos, mas reforça que a iniciativa deve partir dos agrupamentos, reforçando que no agrupamento de vale de Aveiras “já foi feita formação em todas as escolas, tendo em conta o plano de emergência e de evacuação”, por outro lado o coordenador destaca que os planos de emergência das escolas só poderão ser testados depois de aprovados e colocados em prática.
O responsável vinca também que todos os planos, antes de chegarem à entidade máxima que é o SNBPC; passam pelo seu gabinete, “a fim de serem revistos e corrigidas algumas situações” e argumenta com alguma certeza que os planos que estão ainda em elaboração em algumas escolas dos diversos agrupamentos “terão aprovação garantida” por parte da entidade.
Para a elaboração deste plano, foi distribuído um projecto tipo ás escolas “que depois é adaptado à estrutura da escola e ao número de alunos e professores”.
Estes, são aliás planos que devem mudar todos os anos. O responsável sublinhou ao Vida Ribatejana esta necessidade de ajuste, até porque qualquer plano de emergência tem alguns procedimentos personalizados, sendo considerados “planos activos e não passivos”.
Pedro Cardoso explica que é necessário alterar os documentos, todos os anos devido ao aumento ou diminuição de alunos e professores, mas também à constante mudança de professores de escola em escola.
Na prática “todos os planos dizem por exemplo que o professor x apaga as luzes, o y fecha o gás e a maioria dos professores nem fica mais de um ano nas escolas”.
Cada plano muda consoante a escola. A tipologia do edifício, a sua construção e as vertentes que lecciona. Neste caso o operacional lembra que os procedimentos não são os mesmos numa escola com laboratório de química, ou de uma básica apenas com uma ou duas salas. Mudam as indicações, os procedimentos a tomar numa possível evacuação e até os extintores têm de ser diferentes.
No concelho de Azambuja o coordenador do serviço refere que em alguns casos apenas falta para colocar no terreno alguns dos planos já aprovados, a colocação da sinalética, como por exemplo a indicação de saída de emergência ou das casas de banho. São os casos da Escola Integrada de Azambuja, do agrupamento do Vale de Aveiras “o pessoal empenhou-se e a única coisa em falta é a implementação de toda a sinalética, faltando nestes casos a aprovação do serviço nacional de bombeiros”.
Apenas no agrupamento de Manique do Intendente, que inclui Alcoentre existe algum atraso “têm havido obras e alterações nas infra-estruturas e por isso há um atraso”.
Contudo o operacional revela-se mais preocupado com os planos de emergência dos estabelecimentos de ensino do pré-escolar, cujos documentos nunca chegaram à protecção civil municipal e por isso, não há conhecimento dos procedimentos a ter em conta nas instituições, em caso de uma emergência.
Pedro Cardoso, refere por seu lado que no caso do município de Azambuja “vamos estabelecer contactos com as várias entidades e pedir que nos seja (ao serviço municipal de protecção civil” cedidos esses planos, para podermos fazer os nossos planos prévios de prevenção, o que só é possível conhecendo os documentos das instituições”.
O operacional vinca entretanto que nesta situação, estão todas as instituições do concelho com as valências de creche, pré-escolar ou mesmo centro de dia e lar com internamento.
É também na vertente de lar que o serviço municipal de protecção civil, está apostado em mudar algumas coisas. Pedro Cardoso vinca que é da responsabilidade da segurança social fiscalizar esses estabelecimentos, mas confirma que existem instituições cujas plantas de emergência são desconhecidas para o serviço.
Pedro Cardoso, acentua mais a sua preocupação, quando salienta que nos “Casais da Lagoa existe um lar de idosos que ainda não está licenciado” que é dirigido por uma entidade particular.
Cardoso salienta que nestes casos as plantas de emergência, são muito importantes, assim como os consequentes testes de operacionalidade. Contudo com ou sem planos de emergência, “todos os lares são preocupantes”, e reafirma que está em causa a pouca mobilidade dos seus utentes “e num lar onde há muitos residentes com pouca mobilidade, tenho a certeza que as instituições não conseguem ter muitos funcionário para que num caso de emergência se faça uma evacuação rápida, não é fácil”, mas acrescenta que “aquilo que sei é que todos os lares deste concelho têm sistema de emergência contra incêndios, que estando operacionais vão dar um alerta e vão fazer com que as coisas se minimizem” acrescentando que num caso de incêndio real num lar “é sempre uma situação complicada” disse.

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