Tuesday, August 19, 2008

Ponte da Vala Real em Risco


Há ano e meio que as obras da nova ponte sobre a Vala Real de Azambuja estão paradas. A situação resulta da rescisão de contrato da empresa Estradas de Portugal (EP) com a “Tecnovia”, por está última alegadamente não cumprir os prazos de excussão da obra.

As obras da nova ponte sobre a Vala Real de Azambuja estão paradas e sem fim à vista para já. A situação remonta a 2001, altura em que Virgínia Estorninho, na altura vereadora do PSD na autarquia, questionou a tonelagem máxima suportada pela estrutura. Depois de alguns estudos feitos na ressaca da queda da Ponte de Entre-os-Rios, a câmara decidiu avançar com diligências para recuperar a centenária estrutura.
Ano e meio depois da denúncia ás autoridades e das sucessivas reuniões e acções de protesto levadas a cabo pelo movimento cívico, a obra era anunciada pelo governo.
Ganha em concurso público pela empresa Tecnovia a obra tardou a começar e arrastou-se no tempo fazendo, alegadamente, com que os prazos máximos fixados fossem ultrapassados.
Com os olhos postos na segurança dos cidadãos, o movimento cívico liderado ma altura por Armando Martins, não deixou de alertar as entidades para alguns perigos resultantes do estado da ponte.
Com os campos de cultivo a sul da Vala Real, uma das únicas alternativas para escoar os produtos seria a ponte de Azambuja. A outra, bem mais longe, a do Reguengo, não seria uma solução adoptada pelos motoristas das centenas de pesados que se afoitavam a passar a ponte em Azambuja, isto apesar dos avisos de que a estrutura suportava apenas 30 toneladas. Isto porque houve um reforço provisório da estrutura que inicialmente marcava cinco toneladas como peso máximo.
Oito anos passados, e a situação voltou à estaca zero. Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja salienta a sua preocupação pelo estado em que se encontra a estrutura, agora ladeada por uma outra em betão armado e que tem como objectivo ser uma das faixas de rodagem da nova travessia.
O autarca salienta que tem mantido reuniões constantes com as Estradas de Portugal, mas “enquanto o assunto estiver em tribunal, a empresa pouco pode fazer”.
De acordo com o presidente da autarquia, a Tecnovia, colocou as Estradas de Portugal em tribunal, por não concordar com a rescisão de contrato, o que vem atrasar ainda mais este processo, que não tem para já um fim à vista, uma vez que a EP não pode assim realizar um novo concurso com vista à conclusão da nova ponte.
Enquanto isso, Joaquim Ramos diz ter a garantia da EP que a empresa “tomará as medidas possíveis” com vista à sinalização do local e à recuperação de parte do pavimento da velha ponte, já que este se encontra degradado, por via dos inúmeros pesados que ali circulam carregados com muitas toneladas de produtos oriundos da lezíria.
Com eleito, Joaquim Ramos vinca inclusivamente que a autarquia já lá colocou alguns sinais “mas no dia seguinte já lá não estão”. Uma situação idêntica à verificada em 2002, sendo que seriam na altura os próprios motoristas a retirar os sinais de limite de peso.

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