Tuesday, August 19, 2008

Vila Nova de São Pedro ainda sem ETAR


Ainda não tem fim à vista a solução para o tratamento de esgotos da freguesia de Vila Nova de São Pedro.
Na localidade existe uma ETAR mas que nunca foi colocada em funcionamento. A estrutura remonta à presidência de João Benavente na Câmara Municipal de Azambuja, mas a sua localização nunca foi do agrado dos populares que cedi reclamaram dos maus cheiros que a Estação de Tratamento iria produzir.
Com casas a escassos metros da ETAR, os moradores não foram de modas e aproveitaram as eleições de 2001, altura em que foi empossado um novo executivo, para pedir uma nova solução, que até à data ainda não foi consensual.
Numa entrevista ao jornal local “ Correio de Azambuja” Francisco Salgado Zenha, administrador delegado da empresa “Águas do Oeste” – que gere à água e o saneamento no município de Azambuja - lamenta a situação, e diz que existe uma solução, mas que terá de passar por um entendimento com a população porque nesta altura está a viver-se um impasse. O responsável salienta que a ETAR da Maçussa tem capacidade para tratar os esgotos das duas freguesias (Vila Nova e Maçussa) “e por razões que me parece que não tem nada a ver com alguma racionalidade, a População de Vila Nova de São Pedro não quis aquela ETAR. A população da Maçussa não quer receber os caudais de Vila Nova”.
Nesse sentido refere estar eminente “uma situação que parece absurda, de se pretender que se construa uma terceira ETAR, quando existem duas que poderiam resolver o problema”, salientando que transportando esta situação para outra zona do país, seria impraticável.
Francisco Zenha, diz ter esperança “que as populações possam dialogar connosco” alertando para o facto “não faz sentido exigir-se que todos os munícipes do Oeste façam um enorme esforço de centenas de milhares de euros a mais apenas por causa de uma birra que não tem nenhuma racionalidade”.
Francisco Salgado Zenha, salienta entretanto o papel importante da autarquia no desenrolar das negociações com os munícipes.
Joaquim Ramos presidente da Câmara Municipal de Azambuja salientou também a sua preocupação e garante que a autarquia está a acompanhar o caso.
O autarca disse ao Vida Ribatejana que a velha ETAR fica situada numa zona que tem em curso um processo de qualificação. Trata-se do “Vale da Ribeira de Almoster onde aquela estrutura não tem, naturalmente, cabimento” salienta o autarca.
Nesse sentido o edil recorda “um estudo já feito pelo Instituto Superior de Agronomia identifica várias espécies endémicas, o que por si é uma valia, potenciada pelo excelente sistema de vistas da zona” e lembra que esta decisão “foi anterior ao contrato com as Aguas do Oeste e sempre fez parte dos pressupostos das negociações”.
Por outro lado Joaquim Ramos defende a construção de uma nova ETAR na zona dos Folgados, mais longe do aglomerado urbano de Vila Nova de São Pedro lembrando “que as contrapartidas que empresa estava disposta a dar à freguesia da Maçussa não eram suficientes”.
Questionado sobre as dividas da autarquia à empresa Aguas do Oeste, o presidente da câmara azambujense salienta que “ainda não chegámos a consenso sobre os respectivos valores” argumentando que “muita gente gostaria de poder dizer que a Águas do Oeste não faz porque a Câmara não paga, mas não é efectivamente assim, como o demonstram as diversas intervenções”:

3 comments:

Anonymous said...

pois é, o sr. dr. Ramos prometeu uma nova etar para ganhar a junta de vila nova de são pedro, mas agora quem paga somos nós os contribuintes.

é só demagogia politica.

Anonymous said...

a etar não devia ser construida ali??

será que não houve parecer de entidades supramunicipais??

claro que houve.

como o dinheiro não lhes saiu dos bolsos, aos socialistas, nós é que vamos pagar.

Anonymous said...

Gostava de ver esse estudo...em que a ETAR da Maçussa dá para as 2 populações...o dinheiro que iriam gastar na infra estrutura até à Maçussa dá para fazer uma parte da ETAR de V.N.S.Pedro