Tuesday, March 20, 2007

Encerramento da Opel faz cair produção


O encerramento da Opel em Azambuja em Dezembro do ano passado, está na origem da diminuição da produção automóvel em 11 por cento. O encerramento desta unidade está também associado ao aumento do desemprego, fazendo com que Azambuja supere a média nacional.

O encerramento da Opel em Azambuja terá contribuído para a queda da produção automóvel, em Janeiro e Fevereiro deste ano. Os dados são avançados pela Associação dos Industriais Automóveis, que salienta a queda em 11% nos dois primeiros meses do ano, face ao período homologo do ano anterior, sendo que a este caso junta-se o encerramento da fábrica da General Motors.
A mesma associação diz em comunicado que “foram produzidos até final de Fevereiro 30.036 novos veículos, menos 11% do que no período homólogo”.
Uma das justificações dessa queda, está relacionada com a baixa de produção de comerciais ligeiros “que baixou 56,8%” mas também a de pesados que “caiu 16,2%” contudo a produção de veículos ligeiros de passageiros aumentou 22,8%.
A associação não tem dúvidas em associar estes números o encerramento da fábrica a 18 de Dezembro de 2006.
A A.I.A. salienta ainda em comunicado que “do conjunto de veículos produzidos nesse período, 97,4% destinaram-se ao mercado externo e apenas 2,6% foram comercializados no território nacional”.
Contudo o encerramento da Opel está também associado ao desemprego. Os números adiantados no início do mês passado colocaram de resto o concelho de Azambuja, no top dos municípios com a taxa mais alta de desemprego no distrito de Lisboa.
Os dados que foram revelados na edição de 21 de Fevereiro do Vida Ribatejana, revelaram que Azambuja está acima da média nacional, sendo que o Municipio tem onze por cento de desempregados, contar os oito por cento nacionais.
Segundo os números da responsabilidade do Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) no fim do ano passado, o concelho Azambuja registava 1104 desempregados inscritos, mais 176 que no final de Novembro e mais 88 do que no final de 2005.
Também Joaquim Ramos, presidente da Câmara Municipal de Azambuja admitiu que o encerramento da Opel veio a agravar a situação, mas na altura lembrou que a autarquia pouco pode fazer nesta matéria, e frisa que a Opel era “ a maior unidade empregadora da região” e o seu encerramento veio a colocar na rua 400 empregados, o que fez com que “ a taxa de desemprego subisse fulgurantemente”, argumentando que se este fenómenos se verificasse em Lisboa ou Loures “quatrocentos desempregados a mais ou a menos, não teria reflexo na taxa de desemprego”.

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