Monday, March 26, 2007

População do Carregado protesta


A população da freguesia do Carregado e dos Cadafais, juntou-se na passada quarta-feira em frente da extensão do centro de saúde local. O objectivo era recolher assinaturas para reivindicar junto da ARS mais médicos para uma unidade onde mais de 3500 utentes não têm médico de família.

Cerca de meia centena de pessoas, participaram na passada quarta-feira num encontro de protesto contra a falta de condições da extensão de saúde do Carregado.
O protesto, para o qual foram chamados os utentes dos Cadafais e Carregado, tinha como objectivo sensibilizar a ARS (Administração Regional de Saúde) para a falta de médicos de família, e para o horário de funcionamento daquela unidade.
Durante uma intervenção, que serviu de apelo à unidade dos utentes da extensão, Rogério Silva disse estar certo que aquela era uma luta justa, tanto mais que muito dos presentes nesta concentração já sentiram na pele “o que é não ter médico de família e outros sentem também o que é vir para aqui diariamente de madrugada”.
O rosto deste protesto aproveitou o facto do dia de quarta-feira ter sido bastante ventoso, para classificar de “desumano” o facto do edifício com instalações novas e modernas “não abrir de madrugada, no sentido de acolher em condições dignas todos aqueles que aqui se deslocam para marcar a sua consulta no próprio dia”.
Neste sentido, Rogério Silva salientou a importância de um abaixo-assinado, para pressionar as entidades competentes, a atender as reivindicações da população da freguesia do Carregado e Cadafais.
Segundo apuramos, nesta altura as assinaturas recolhidas já ultrapassam o meio milhar, sendo que este é um número que “espelha o descontentamento dos populares”.
Ao longo de toda a semana, e depois do apelo de Rogério Silva, os populares passaram palavra e conseguiram juntar muitas mais assinaturas, que serão contabilizadas nos próximos dias.
Este é aliás um protesto que já não vem de agora. Na freguesia do Carregado existem mais de 3500 utentes sem médico de família. Os populares têm reivindicado uma solução para esse problema, mas a ARS disse na última edição do Vida Ribatejana que não existem médicos disponíveis para colmatar essa lacuna, salientando que “caso a direcção do Centro de Saúde de Alenquer ou a ARS não acolha aquilo que são as nossas preocupações, certamente que iremos propor aos utentes, novas iniciativas” lembrando que a comissão não irá parar e que aqueles que aqui estão hoje, serão mais numa próxima vez”
Rogério Silva, salientou contudo que a comissão de utentes fará tudo o que estiver ao seu alcança para resolver o assunto, e depois desta concentração, já informou que haverá outro encontro com a população, contudo ainda não tem data definida.

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