Tuesday, October 16, 2007

Luis de Sousa desagradado com comentários sobre bombeiros


Luis de Sousa pondera nas próximas sessões da Câmara Municipal de Azambuja, intervir enquanto presidente dos bombeiros de Alcoentre. O também vice-presidente da autarquia, tem ficado incomodado com algumas discussões acerca dos bombeiros de Alcoentre e que tem deixado a associação sem resposta. A maioria das críticas tem partido do vereador da CDU Antonio Nobre que tem interrogado o município sobre a “alegada” falta de apoio à associação. O caso mais recente prendeu-se com um veiculo de combate a incêndios, que segundo Nobre, estaria quase inoperacional, podendo colocar em causa a actuação dos bombeiros neste Verão.
Luis de Sousa, confirmou ao Vida Ribatejana que se tem contido para responder ao vereador, uma vez que está em posição de conflito de interesses, alegando que mais tarde ou mais cedo terá de pedir para se ausentar da sala para falar em nome dos bombeiros.
O presidente da associação, confirma no entanto que a viatura em questão, está com um problema no motor “mas aguentou esta época de fogos”.
Segundo Luis de Sousa, os bombeiros poderão “abater” este carro de combate a incêndio e adquirir um novo para o substituir. Contudo essa é apenas uma hipótese, uma vez que em reunião de direcção ficou também decidido que deve ser feita uma avaliação da viatura, para ponderar se sairia mais barato comprar apenas o motor.
Luis de Sousa confirma entretanto que a associação tem algumas lacunas, no que troca ás viaturas, e por isso pondera reformular o parque automóvel, mas com algumas cautelas, uma vez que a associação não está a “nadar em dinheiro” mas também não está com dificuldades por a aí além e por isso já começou a fazer alguns investimentos.
No início do ano os bombeiros de Alcoentre deram por terminada a divida do pagamento mensal das obras do quartel. Os valores que rondavam os setecentos euros, foram então aplicados na aquisição de duas novas ambulâncias de transporte de doentes.
Uma com rampa eléctrica, a outra com uma rampa manual.
O responsável salienta que houve um curto espaço de tempo entre a compra das duas viaturas. Para a primeira, os bombeiros pediram um subsídio à Câmara, mas para a segunda Luis de Sousa diz que não o vai fazer “porque a Câmara não é a Santa Casa”
Sousa justifica estas aquisições com o facto de existirem dezenas viagens diárias para o transporte para o centro de saúde, ou mesmo para os diferentes hospitais de referência.
É também aqui que luís de Sousa contesta a informação dada em sessão de câmara pelo vereador José Manuel Pratas, que tem desde o ano passado a tutela da protecção civil.
Numa informação prestada à vereação, Pratas terá dito que o concelho de Azambuja tem “quase” mais ambulâncias que o município vizinho de Aveiras de Cima.
A informação está de todo incorrecta, e Luis de Sousa lembra que esses números têm sido “frequentemente” extrapolados politicamente nas reuniões do executivo. O responsável dos voluntários de Alcoentre salienta que o município de Vila Franca de Xira tem outros acessos aos hospitais, que ficam na própria sede de concelho, enquanto que Azambuja, dista em alguns casos cem a duzentos quilómetros dos hospitais de Vila Franca de Xira ou de Lisboa, acrescentando que o município de Azambuja tem uma dimensão muito grande e no alto concelho as distancias agravam-se, chegando algumas localidades a ficar a escassos minutos do hospital de Santarém.
Os bombeiros de Alcoentre têm actualmente três ambulâncias. Uma do INEM (Instituto Nacional de Emergência Médica), a outra é da associação mas é reserva da primeira. Apenas o terceiro veículo, já com mais de dez anos, é propriedade da associação. Uma situação que condiciona a acção dos bombeiros, uma vez que a viatura do INEM só sai, ás ordens do CODU (Centro Orientação de Doentes Urgentes).
Ao Vida Ribatejana Luis de Sousa confessou que a posição que tem neste momento acaba por ser ingrata. O vice-presidente da Câmara e presidente dos bombeiros de Alcoentre diz que tudo se torna mais difícil na Câmara “e na reunião em que isso foi falado e comigo a dirigir os trabalhos, isto daqui para baixo não engole” disse Luis de Sousa apontando para a garganta. Ainda assim e reconhecendo que é difícil manter a calma, argumenta “tenho de saber onde estou. Há aqui um bocadinho em que tenho de mastigar, e não posso dizer as coisas, mas só nessas alturas” admitindo que as pessoas têm razão quando dizem que Luis de Sousa não devia acumular as funções “podia por exemplo colocar-me noutra posição e reivindicar alguma coisa para os bombeiros”. Contudo esta é uma missão que Luis de Sousa tem tentado levar com calma. Em Março irão haver eleições, Sousa espera não se recandidatar à direcção.
Independente de deixar, ou não a direcção, Luis de Sousa garante que não deixará de ser bombeiro. Há mais de 25 anos que Sousa é motorista auxiliar e recentemente foi promovido a bombeiro de terceira.

1 comment:

Anonymous said...

"É também aqui que luís de Sousa contesta a informação dada em sessão de câmara pelo vereador José Manuel Pratas, que tem desde o ano passado a tutela da protecção civil".

Perante tais afirmações, que se juntam a outras, parece que o executivo municipal está todo partido.

Será que não há comunicação entre os pares do executivo??

Qual é o papel do lider, isto é, do presidente da câmara, neste processo??

A oposição está a dormir?? Não sabe ler politicamente estas afirmações??

Tão mal vai o concelho de azambuja com estes autarcas.