Tuesday, October 16, 2007

Museu Municipal Sebastião Mateus Arenque faz 3 anos hoje


A completar três anos de existência, o museu municipal Sebastião Mateus Arenque prepara-se para uma nova vida, o vereador da cultura da Câmara Municipal de Azambuja salienta que estão a ser preparadas novos projectos para o espaço, sendo que os apetrechos multimédia terão um lugar quase certo, junto das velhinhas pecas o que compõem


O Museu Municipal de Azambuja, Sebastião Mateus Arenque fez ontem (terça-feira) três anos de existência. Integrado no complexo do Valverde, o espaço que tem como exposição permanente uma mostra dos quotidianos de Azambuja, já recebeu mais de nove mil visitantes, um número que deixa o vereador da cultura Marco Leal, orgulhoso da obra feita.
Contudo o Museu Municipal está longe de agradar aos responsáveis que defendem maior dinamismo no seu dia-a-dia.
Em entrevista ao Vida Ribatejana, Marco Leal afirma que o espaço ainda pode vir a ser melhorado até porque diz “está na hora de olharmos para o museu municipal e dar-mos uma volta” referindo que a estratégia actual resultou nos três primeiros anos, agora completados mas por isso corre-se o risco “das pessoas deixarem de visitar um sitio que mantém a mesma lógica. E as pessoas deixam de se deslocar ao museu. Só se forem pessoas de fora. E nos queremos que as pessoas participem no dia-a-dia”
A nova estratégia do museu já está a ser trabalhada com a equipa do museu municipal, lembrando que no futuro o espaço irá continuar a preservar, salvaguardar a identidade as memórias do concelho de Azambuja.
Leal lembra que não foi fácil a implantação do museu. O espólio foi difícil de arranjar e até mesmo as negociações com o museu do Carmo, onde estão a maior parte das peças retiradas do Castro de Vila Nova de São Pedro, não foram fáceis.
O futuro do museu tem agora caminho aberto para as tecnologias. Segundo o vereador da cultura, um dos primeiros passos já foi dado. Trata-se do site do Museu Municipal Sebastião Mateus Arenque na Internet, http://museu.cm-azambuja.pt, que tem registado um número de visitas significativo, e que em alguma medida poderá estar relacionado também com o crescente numero de visitantes do espaço.
O vereador quer que no futuro o espaço seja mais acessível aos visitantes. Por outras palavras “que qualquer pessoa, que não seja do concelho de Azambuja, compreenda que exposição é que está ali” embora salienta que actualmente essa vertente já é perceptível, “mas existem algumas melhorias a faz nesse campo”.
Marco Leal salienta entretanto que as novas tecnologias poderão servir de ancora para que as pessoas possam visitar o museu.
Em causa estão agora alguns estudos que poderão levar à exibição, por exemplo, de trabalhos multimédia no local.
O vereador assegura que os custos já estão pensados, e que inclusive não serão precisos grandes investimentos. Para o museu o responsável diz que estão a ser analisadas algumas formas de comunicação visual, como podem ser os casos de ecrãs tácteis explicativos, salientando que existem “inclusivamente empresas que já fazem isso”.
Marco Leal exemplifica com o secador de arroz, que foi parcialmente recuperado, onde poderá existir um “espectáculo multimédia que mostre o funcionamento daquilo e é para esse caminho que tem de ir o museu”.
Por outro lado, Leal vinca exemplos de outros museus, onde as pessoas já têm auscultadores disponíveis, que em tempo real e ao mesmo tempo que vai visitando o espaço, vai recebendo instruções passo-a-passo daquilo que está a ver, sendo que “não seja necessário que exista um grupo de pessoas que nos explique o que está ali. Leal fala na sua experiência pessoal salientando que uma das coisas que menos gosta “é ter alguém a falar-me ouvido sobre aquilo que estou a ver. Eu gosto de ir à descoberta das coisas” citando como exemplo as duas ultimas viagens que fez na Europa.
Marco leal defende a colocação de placares demonstrativos e explicativos das diversas peças expostas, sendo que o museu deve ser acessível aos visitantes “e confesso que há algumas zonas, isso ainda não acontece. Mas estamos a trabalhar afincadamente para isso”.
Ainda assim, o museu demonstra agora uma dinâmica crescente, segundo o vereador. Um dos exemplos prende-se com as Viagens do Zambujinho. Um projecto pioneiro da Câmara Municipal de Azambuja, e que vai levar os alunos aquele espaço para conhecerem melhor o município.
Marco Leal destaca esta, como uma iniciativa importante, vincando “os ateliers de cerâmica em que as crianças vão trabalhar sobre as peças que estão no museu” acrescentando que isso “para o vereador da cultura tem interesse, argumentando que o assinalar dos terceiro aniversário ainda não tem muito peso para aquele espaço.



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