Monday, February 19, 2007

Alenquer e Carregado com novas ETARS. Vila Nova de São Pedro passa para a Maçussa


A empresa Águas do Oeste vai construir duas novas estações de tratamento em Alenquer e Carregado. As actuais quase que não respeitam as actuais normas de funcionamento e por isso, a empresa prepara-se para abrir dois concursos públicos. Por outro lado, a empresa anunciou que já não vai construir a ETAR que estava prevista para Vila Nova de São Pedro no concelho de Azambuja.

As freguesias do Carregado e Alenquer vão ter uma nova ETAR (Estação de tratamento de Águas Residuais”. O anúncio foi feito por José Salgado Zenha, presidente da empresa à radio Ribatejo no passado sábado.
Segundo o responsável pela empresa, que tem a concessão do saneamento daquele município, as estações de Alenquer e Carregado, construídas ainda no âmbito municipal, já não servem qualitativamente o seu propósito.
Cabe por isso à Águas do Oeste, encontrar soluções para colmatar esse problema. Salgado Zenha, salienta que “o desenvolvimento do concelho e as questões da qualidade do tratamento que a legislação actual exige, são incompatíveis com a actual situação das ETARS”. Foi nesse sentido que a empresa já lançou um concurso público para a construção das estações de tratamento, aguardando agora as propostas dos concorrentes.
Luis Almeida, engenheiro responsável pela área de estudo e desenvolvimento da empresa, destacou por seu lado que a ETAR do Carregado, construída no inicio dos anos noventa, como de resto a maioria das estações de tratamento do país, todavia “o Carregado cresceu bastante nos últimos anos e por isso a estrutura que lá existe, já não tem capacidade suficiente para fazer todo o tratamento de todos os efluentes que lá chegam” onde se incluem os efluentes domésticos e das zonas comerciais e industriais “Como por exemplo o Campera, que fica muito próximo dessa infra-estrutura”.
Contudo o investimento da empresa não se irá esgotar no Carregado e Alenquer. Luis Almeida destacou que a empresa tem neste momento outras infra-estruturas em obras. Para além de ETARs, existem ainda em construção “os sistemas interceptores a montante das estações, como são os casos de porto da Luz, de Cadafais” entre outros.
Luis Almeida lembra entretanto que a ETAR do Carregado irá tratar esgotos de cerca de 20 habitantes, enquanto que a estação de Alenquer, tratará cerca de metade”.

Empresa pondera não construir ETAR em Vila Nova de São Pedro

No que toca ao concelho de Azambuja, a empresa Águas do Oeste está para já a ponderar a maximização da ETAR da Maçussa.
De acordo com o presidente da empresa, a utilização daquela ETAR poderá substituir a construção da estação de tratamento prevista para a zona dos Folgados em Vila Nova de São Pedro.
O responsável, salienta que tecnicamente esta é uma hipótese possível, tanto mais que a ETAR da Maçussa “está subaproveitada”. Contudo Salgado Zenha salienta que a decisão de não construir uma ETAR de raiz para servir as populações de Manique do Intendente e Vila Nova de São Pedro, terá ainda de ser discutida com a autarquia.
Todavia o responsável argumenta que esta decisão da empresa não está ainda fechada, e que “evita investimentos elevados, que seria construir uma nova ETAR, quando já temos uma disponível”.
Joaquim Ramos, presidente da Câmara Municipal de Azambuja, disse ao Vida Ribatejana que já tem conhecimento das intenções da empresa, contudo esclarece que não o sabe a nível oficial.
O autarca, diz que pelo lado da autarquia não vê quaisquer inconvenientes, todavia a proposta não foi ainda alvo de análise, pois não foi ainda formalmente apresentada.
Joaquim Ramos diz entretanto que a hipótese da construção da ETAR dos Folgados continua em cima da mesa, mas lembra que a partir do momento “em que foi feita a concessão, compete à Águas do Oeste propor à Câmara as alternativas a esse sistema de tratamento, que é o único que falta”.
À autarquia, esta hipótese parece viável. Alias Joaquim Ramos admite mesmo que venha a avançar, contudo o autarca lembra que se a empresa optar por esta situação “corresponde a um investimento significativo que tem de deixar de fazer e que tem de ser compensado de qualquer forma e em beneficio da população”.
O edil diz que a partir do momento que a proposta seja apresentada oficialmente, irá reunir com as juntas de freguesia envolvidas e se for necessário, a autarquia poderá promover sessões de esclarecimento com a população.





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