
Os mais velhos dizem que há muitos anos, aquele local era um extenso cemitério, e lembra que noutros tempos, as pessoas mais pobres eram sepultadas, devido ás suas crenças, em terrenos nas zonas envolventes das igrejas.
Segundo alguns relatos, não há uma história concreta sobre estes restos humanos agora encontrados, mas há a teoria de que muitos dos esqueletos agora encontrados, possam ter sido arrastados por possíveis aluimentos de terras, resultantes do terramoto de26 de Janeiro de 1531, que terá sido, muito mais greve que o terramoto de 1755 e que também chegou a Azambuja.
Relatos da época, veiculados pelo livro “Santa Maria de Azambuja” da autoria do historiador José Machado Pereira, dizem que grande parte do Ribatejo se sucumbiu ao terramoto.
Desde Santarém a Almeirim e Vila Franca de Xira, o livro conta a existência de situações de calamidade e de desespero “En el Azenbujera no avia casa ningua, murio mucha gente en ella. Una fuente se bolvio en sangre” refere o livro citando testemunhos encontrados em alguns documentos da época.

Contudo todas as hipóteses que se possam colocar, segundos os peritos, não passam de teoria, dada a necessidade de investigar mais a fundo os achados.
Os peritos levantam também frequentemente a hipótese de no local ter existido um cemitério, onde seriam sepultados por exemplo os Cristãos. Os Judeus e os Muçulmanos, seriam sepultados em terrenos contíguos à igreja, mas separados, o que poderá também explicar o aparecimento das ossadas em locais não muito perto da igreja matriz.

Luis de Sousa argumentou que o IPAR tirou fotografias, e que a obra voltou ao normal.
Em Azambuja têm sido frequente este tipo de achados. Já em 2003, na rua do Espírito Santo, foram encontradas moedas de origem romana. Na rua principal, e enquanto se procedia à construção do saneamento, os trabalhadores encontraram vestígios de uma Azambuja mais antiga e de outros tempos. Até à data, as obras apenas abrandaram de ritmo, nunca foram interrompidas pelo IPAR.
FOTOS: José Sousa/Susana Rodrigues
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