Monday, September 17, 2007

Ponte da Vala Real com obras paradas


As Estradas de Portugal (EP) confirmou ao Vida Ribatejana que as obras para a construção da nova ponte da vala real em Azambuja estão mesmo paradas.
Conforme já tinha anunciado o nosso jornal, as EP rescindiram contrato com a empresa Tecnovia, alegadamente devido ao “incumprimento do prazo de conclusão da obra, que deveria ter ocorrido em Janeiro do corrente ano”
O organismo tutelado pelo ministério das obras públicas, salientou ainda que não houve lugar a derrapagens financeiras e que “ prevê que as obras se reiniciem dentro de seis meses” apontando mais um ano para a conclusão das mesmas.
Até lá, a velha ponte continuará ao serviço tendo como limite veículos com peso até 30 toneladas, o que é largamente ultrapassado, sobretudo no Verão, altura em centenas de camiões e tractores atravessam a ponte carregados de tomate ou melão, com destino ás fábricas transformadores e aos mercados da região de Lisboa.
Mas esta não é uma preocupação nova. Aliás foi por causa do excesso de peso que autarcas e populares se “bateram” pela construção de uma alternativa.
Em 2001, a queda da ponte de Entre-os-rios alertava as consciências um pouco por todo o país. Multiplicaram-se os estudos e os levantamentos e conclui-se, no caso da Ponte da Vala Real, que esta não estava em risco eminente, mas suportava excesso a carga máxima que lhe estava designada.
Em sessão de Câmara, o assunto foi levantado por Virgínia Estorninho (PSD) que na altura interrogou o executivo presidido por Carlos Alberto Oliveira, sobre as reais condições da ponte.
A par com estas medidas da autarquia, agricultores, tractoristas e munícipes deram origem um movimento de cidadãos para pressionar as instancias governamentais.
À época, a ponte da Vala Real não tinha qualquer sinalização. Contudo as Estradas de Portugal vieram a concluir, aquilo que muitos já o afirmavam; que a ponte tinha uma tonelagem máxima de 5 toneladas, mas que por lá passavam camiões e tractores com pesos muito superiores aos permitidos.
Foram então iniciadas negociações com o Instituto de Estadas, e em dois anos a ponte foi reforçada, podendo nesta altura receber pesados até 30 toneladas.
Enquanto a ponte era reforçada, o IEP deu início ao projecto. Em 2003, um responsável pelo instituto de estradas anunciou que o projecto seria uma realidade em 2006.
Mas devido a vários atrasos, e até à data no local apenas existe parte da nova ponte e a velha ponte que dentro de um ano , se forem respeitados os prazos, deixará de existir.






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